Os preços do etanol estão se aproximando rapidamente da paridade com a gasolina em uma tendência impulsionada por fatores de oferta e demanda que favorecem um mercado mais forte para o etanol, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (27).
Esta previsão baseia-se em três fatores principais: o aumento da demanda, a produção limitada e a diminuição dos estoques. Os preços do etanol, que estiveram abaixo da paridade da gasolina por oito meses, estão agora em ascensão, sinalizando uma mudança de paradigma.
A análise do BTG Pactual destaca um possível aumento adicional de 14% nos preços do etanol nas próximas semanas, o que, combinado com um potencial aumento nos preços da gasolina, poderia levar a um aumento de até 32% nos preços do etanol.
Etanol em alta
Essa projeção ressalta a importância da estratégia de precificação da Petrobras (PETR3; PETR4) e seu impacto direto no mercado de combustíveis.
“Etanol e gasolina são intercambiáveis para carros flex, e os consumidores escolhem entre eles com base no preço e na economia”, explicam os analistas do BTG Pactual. Com uma recuperação constante na participação energética do etanol nos carros do ciclo Otto, a tendência é que os preços do etanol continuem a subir.
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Segundo o relatório, “os preços aumentaram 10% nos últimos dez dias e prevemos que esta tendência continuará até que estejam no mesmo nível dos preços da gasolina”.
Oportunidades
Diante deste cenário, o BTG Pactual reitera a recomendação de compra para as ações de produtores de etanol, destacando São Martinho (SMTO3), Raízen (RAIZ4) e Jalles Machado (JALL3) como beneficiários diretos deste movimento de mercado. “A combinação de preços resilientes do açúcar e preços crescentes do etanol deve ser um bom presságio para a dinâmica dos lucros na safra 2024/25”, afirmam os analistas.
Esta perspectiva otimista sugere que os investidores considerem o setor como uma área promissora para alocação de capital.
Os analistas projetam um futuro promissor para o mercado, baseando-se em uma análise detalhada das tendências de demanda e oferta. “Prevemos que os estoques retornarão aos níveis normais até o final de março”, indicam, sugerindo uma janela de oportunidade para os produtores de etanol capitalizarem sobre a crescente paridade de preços com a gasolina.