O preço médio do etanol nos postos brasileiros recuou pela segunda semana consecutiva entre 6 e 12 de outubro, ante a período anterior (29 de setembro a 5 de outubro), enquanto gasolina e diesel apontaram uma leve queda, apontou nesta sexta-feira pesquisa da ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade.
No período, o etanol recuou 0,45%, para 3,746 reais por litro, mostrou o levantamento, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os Estados do Brasil.
“Essa foi a segunda queda semanal consecutiva do etanol nos postos, movimento causado, principalmente, pela maior produção do combustível renovável nas usinas”, disse em nota o Head de Inovação e Portfólio da ValeCard, Brendon Rodrigues.
Nas últimas quatro semanas, o valor do etanol vendido a distribuidoras caiu 1,25%, disse Rodrigues, ao citar dados do indicador Cepea da Esalq. Segundo ele, essa redução foi apenas parcialmente repassada ao consumidor final.
Com o cenário, o etanol está mais competitivo que a gasolina, concorrente direta do etanol nas bombas, em 15 Estados brasileiros.
A gasolina, por sua vez, recuou 0,38% para 5,967 reais o litro.
“Como não houve novos fatores a influenciar o preço da gasolina, essa pequena variação nos postos ocorreu pela concorrência com o etanol, que está vantajoso para veículos flex na maior parte do país”, disse Rodrigues.
“Para as próximas semanas o cenário é incerto, pois as cotações do petróleo Brent no mercado global podem voltar a subir, devido às guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, forçando a Petrobras a fazer novo reajuste.”
Já o diesel teve seu segundo recuo leve semanal consecutivo, após ter subido oito semanas seguidas.
Entre 6 e 12 de outubro, o combustível fóssil caiu 0,38% ante a semana anterior, a 6,364 reais por litro.
“O preço do diesel está passando por um período de relativa estabilidade após ter subido muito em agosto e setembro.”
O especialista acredita que, até que haja um novo aumento sustentado das cotações do petróleo no mercado internacional, o que segundo ele pode ocorrer devido às guerras em curso, não deverá haver grandes variações nos postos de combustíveis.