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EUA alertaram aliados sobre capacidades espaciais e nucleares da Rússia

Mais tarde, fontes disseram que o aviso estava relacionado às capacidades russas no espaço, relacionadas a satélites

por Reuters
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(Imagem: Reprodução/ Ministério da Defesa da Rússia/Divulgação via REUTERS)

Os Estados Unidos informaram o Congresso e seus aliados na Europa sobre novos dados de inteligência relacionados às capacidades nucleares russas que poderiam representar uma ameaça internacional, disse uma fonte informada sobre o assunto à Reuters nesta quarta-feira.

As novas capacidades, relacionadas às tentativas russas de desenvolver uma arma espacial, não representam uma ameaça urgente para os Estados Unidos, disse a fonte.

A informação de inteligência veio à tona depois que o deputado Mike Turner, presidente republicano do comitê de inteligência da Câmara dos Deputados dos EUA, divulgou um comunicado incomum e enigmático nesta quarta-feira, alertando sobre uma “séria ameaça à segurança nacional”.

Mais tarde, fontes disseram que o aviso estava relacionado às capacidades russas no espaço, relacionadas a satélites.

“Estou solicitando que o presidente Biden desclassifique todas as informações relacionadas a essa ameaça para que o Congresso, o governo e nossos aliados possam discutir abertamente as ações necessárias para responder a essa ameaça”, disse Turner no comunicado, sem fornecer mais informações.

Citando uma autoridade atual e uma ex-autoridade dos EUA, o New York Times noticiou mais cedo que a questão de inteligência estava relacionada às tentativas da Rússia de desenvolver uma arma nuclear antissatélite baseada no espaço.

A ABC News informou que a informação de inteligência estava relacionada a essa capacidade. Autoridades atuais e antigas disseram que a arma nuclear não estava em órbita.

Rússia
(Imagem: Reprodução/Sputnik/AlexanderKazakov/Kremlin)

O comunicado de Turner foi publicado em meio a um intenso debate no Congresso sobre como os EUA devem lidar com ameaças globais da Rússia e outros adversários, com defensores de políticas de segurança mais agressivas cobrando um envolvimento global maior e alguns parlamentares mais alinhados com o ex-presidente republicano Donald Trump defendendo uma abordagem “América em Primeiro Lugar” às questões mundiais.

Turner retornou recentemente depois de liderar uma delegação bipartidária do Congresso à Ucrânia, após a qual alertou seus pares parlamentares que o tempo estava se esgotando para a Ucrânia em sua luta contra os invasores russos.

O governo Biden está intensificando suas críticas aos republicanos da Câmara por um possível bloqueio a um projeto de lei de 95 bilhões de dólares aprovado pelo Senado que forneceria auxílio a Ucrânia, Israel e Taiwan.

Apoiadores do projeto argumentam que um grande motivo para os EUA apoiarem o governo de Kiev é para reagir a ameaças da Rússia que vão além da Ucrânia.

“Não é motivo para pânico”

O presidente da Câmara, Mike Johnson, forte aliado de Trump que afirma que não apressará uma votação do projeto de lei do Senado, disse a repórteres no Capitólio que não havia razão para alarme do público. “Mãos firmes estão no volante. Estamos trabalhando nisso e não há necessidade para alarme”, disse.

Os senadores Mark Warner e Marco Rubio, presidente democrata e vice-presidente republicano do Comitê de Inteligência do Senado, emitiram um comunicado conjunto dizendo que o painel possui as informações em questão e está monitorando “rigorosamente” a situação.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Alexander Ermochenko)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Alexander Ermochenko)

Uma fonte com conhecimento do assunto afirmou que Warner e Rubio foram informados sobre a ameaça semanas atrás. A fonte disse que a questão não era alheia ao projeto de lei de gastos de segurança, mas que não havia uma relação direta entre eles.

O deputado Jim Himes, principal democrata no painel de inteligência da Câmara, disse que a questão do comunicado de Turner é significativa, “mas não é motivo para pânico”.

Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, se recusou a dar detalhes específicos. Ele disse que marcou uma reunião para quinta-feira com líderes do Congresso e que ficou surpreso com a decisão de Turner de emitir o comunicado.

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