Os Estados Unidos estão trabalhando em um plano com Israel para minimizar os danos a civis em qualquer operação militar no sul de Gaza, disse um alto funcionário dos EUA nesta sexta-feira, enquanto as Forças de Defesa de Israel retomaram o bombardeio do território após o encerramento de um trégua de uma semana com o Hamas.
No entanto, bombardeio desta sexta-feira foi mais intenso nas áreas ao sul de Khan Younis e Rafah, disseram médicos e testemunhas.
Centenas de milhares de habitantes de Gaza têm se abrigado ali devido aos combates no norte. Casas nas regiões central e norte também foram atingidas.
À noite, as autoridades de saúde de Gaza disseram que os ataques aéreos israelenses mataram 184 pessoas, feriram pelo menos outras 589 e atingiram mais de 20 casas.
O governo de Israel concordou que qualquer operação no sul não terá a mesma aparência que ocorreu no norte e que seus militares irão designar áreas onde os civis não serão feridos, disse a autoridade após a viagem do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à região, onde o principal diplomata de Washington se reuniu com autoridades israelenses.
A autoridade acrescentou que os EUA esperam que não ocorra um ataque em grande escala a Khan Younis e Rafah como houve na Cidade de Gaza.
Washington instou Israel a estreitar a zona de combate e esclarecer onde os civis palestinos podem buscar segurança no sul de Gaza, disseram autoridades.
O alto funcionário norte-americano, que falou sob condição de anonimato, disse que bairros inteiros no sul de Gaza serão designados como zonas seguras para civis, embora alguns ainda possam ter de abandonar as suas casas se estiverem em áreas onde os combatentes do Hamas estão profundamente enraizados.
Os EUA irão continuar a conversar com Israel sobre como implementar as medidas, disse a autoridade.