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Evento em Gramado vai colocar os terroirs brasileiros em pauta

Os gaúchos estão enfrentando consequências da crise climática e isso fragilizou muitos negócios. Por isso, há um incentivo massivo ao consumo de produtos gaúcho

por Agência Sebrae
3 min leitura
Café

Os terroirs brasileiros, reconhecidos pela variedade de climas, solos e culturas, terão protagonismo no evento Connection Terroirs do Brasil que acontece em agosto na cidade de Gramado (RS).

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Com a correalização do Sebrae, o encontro irá debater caminhos para o desenvolvimento econômico, turístico e comercial de produtos originalmente brasileiros.

Para abordar o tema, especialistas, produtores de diferentes partes do país e agentes públicos estarão presentes.

Quando falamos em terroirs do Brasil, estamos falando sobre a qualidade de produtos originais, mas também sobre identidade, sobre tradição.

É preciso reconhecer e valorizar a história por trás de cada processo para proteger a identidade do que é feito aqui, diz Luciana Thomé, curadora do evento.

Um dos pontos centrais é a Indicação Geográfica (IG) chancela atribuída a produtos que carregam aspectos históricos e culturais de um determinado local com características da área de produção e como ela pode ser determinante para o desenvolvimento de comunidades.

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“Ao garantir um selo de originalidade como a Indicação Geográfica, aquela região tem na mão a oportunidade de se desenvolver como um destino turístico, movimentando a economia local e possibilitando que toda a região cresça”, reforça Luciana.

Os gaúchos estão enfrentando consequências da crise climática e isso fragilizou muitos negócios. Por isso, há um incentivo massivo ao consumo de produtos gaúchos.

De acordo com André Bordignon, gestor estadual de projetos com IG do RS no Sebrae RS, é neste contexto que os produtos de IG largam na frente.

“Pois já estruturaram a delimitação geográfica da área de produção, organizaram os sistemas de controles e avançaram na melhoria dos processos produtivos. Esta ferramenta trabalha além da rastreabilidade o desenvolvimento do território, envolvendo a governança local e os demais elos das cadeias de valor em prol de um produto com vínculo a cultura, a tradição e o saber fazer das pessoas da região”.

Brasil tem 114 Indicações Geográficas (IG)

Apesar do seu potencial, o Brasil tem apenas 114 produtos com IG. A Itália, com uma área 28 vezes inferior, possui 892 produtos com selo de origem.

A busca por novas indicações é um dos objetivos do evento, como explica Marta Rossi, CEO da empresa organizadora: “Queremos mostrar o potencial que o nosso país tem e conectar produtores com profissionais que possam auxiliar nesse desenvolvimento”.

Produtores das cinco regiões do Brasil que possuem o selo estarão em Gramado. Eles participam da Alameda Terroir, feira de exposição direta ao consumidor montada na Rua Coberta durante o evento.

Já confirmaram presença produtores de bordado filé da Região das Lagoas Mundaú-Manguaba de Alagoas, cacau de Rondônia, cachaça da Região de Salinas em Minas Gerais, mel do Pantanal e vinhos e espumantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O café, produto com o maior número de IG do país, terá representantes de 12 das 14 regiões com Indicação Geográfica.

Além da Alameda Terroir, o Connection Experience também contará com palestras e conteúdo técnico, Circuito Gastronômico e de Experiências com a participação de restaurantes e parques da cidade, e Cozinha Show com aulas ministradas por chefs da região.

O evento será realizado de 28 a 31 de agosto em Gramado.

PRODUTOS COM SELO DE INDICAÇÃO GEOGRÁFICA QUE ESTARÃO EM GRAMADO:

  • Indicação de Procedência (IP)
  • Balas de Banana de Antonina (PR)
  • Bordado Filé da Região das Lagoas Mundaú-Manguaba (AL)
  • Cacau de Rondônia (RO)
  • Cacau de Tomé-Açu (PA)
  • Cachaça da Região de Salinas (MG)
  • Cachaça E Aguardente de Cana de Morretes (PR)
  • Café da Região de Garça (SP)
  • Café da Região de Pinhal (SP)
  • Café de Alta Mogiana (SP)
  • Café Mata de Minas (MG)
  • Café Sudoeste de Minas (MG)
  • Café do Norte Pioneiro do Paraná (PR)
  • Calçados Infantis de Birigui (SP)
  • Cerâmica Artística do Porto Ferreira (SP)
  • Chocolate Artesanal de Gramado (RS)
  • Doces Tradicionais de Confeitaria e de Frutas de Pelotas (RS)
  • Erva-Mate de São Matheus (PR)
  • Farinha de Mandioca de Bragança (PA)
  • Guaraná de Maués (AM)
  • Melado Batido e Melado Escorrido de Capanema (PR)
  • Mel do Oeste do Paraná (PR)
  • Mel do Pantanal (MS/MT)
  • Queijo Canastra (MG)
  • Queijo do Marajó de Marajó (PA)
  • Queijo Minas Artesanal do Serro (MG)
  • Queijos Colônia Witmarsum (PR)
  • Renda de Agulha em Lacê de Divina Pastora (SE)
  • Tambaqui Peixe Amazônico do Vale do Jamari (RO)
  • Uva Niagara Rosada de Jundiahy (SP)
  • Vinho de Bituruna (PR)
  • Vinhos de Farroupilha (RS)
  • Vinhos dos Vales da Uva Goethe (SC)
  • Vinhos e Espumantes da Campanha Gaúcha (RS)
  • Vinhos e Espumantes de Altos Montes (RS)
  • Vinhos e Espumantes de Monte Belo (RS)
  • Vinhos e Espumantes de Santa Catarina (SC)
  • Denominação de Origem (DO)
  • Arroz Litoral Norte Gaúcho (RS)
  • Banana da Região de Corupá (SC)
  • Café da Canastra (MG)
  • Café da Mantiqueira de Minas (MG)
  • Café das Matas de Rondônia (RO)
  • Café das Montanhas do Espírito Santo (ES)
  • Café de Caparaó (ES/MG)
  • Guaraná Nativo e Bastão de Guaraná da Terra Indígena Andirá-Marau (AM/PA)
  • Maçã Fuji da Região de São Joaquim (SC)
  • Mel de Melato da Bracatinga do Planalto Sul Brasileiro (SC)
  • Própolis Vermelha e Extrato de Própolis Vermelha de Manguezais de Alagoas (AL)
  • Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO)
  • Café do Cerrado Mineiro (MG)
  • Vinhos do Vale dos Vinhedos (RS)
  • Vinhos e Espumantes de Altos de Pinto Bandeira (RS)

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