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Eventual aquisição da Intercement não muda meta da CSN de chegar a alavancagem de 2 vezes este ano

A CSN teve queda de 5% nas vendas de aço no ano passado, embora no quarto trimestre a companhia tenha obtido crescimento de 6% sobre um ano antes

por Reuters
3 min leitura
CSN

A CSN (CSNA3) apresentou oferta pelos ativos da produtora de cimento Intercement e uma eventual aquisição não muda o objetivo da companhia de reduzir a alavancagem para duas vezes até o final deste ano, afirmou o diretor financeiro, Marcelo Cunha Ribeiro, nesta quinta-feira.

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“A aquisição não muda a ambição de estarmos em 2 vezes (dívida líquida/Ebitda)”, disse Ribeiro, em conferência com analistas depois que a companhia divulgou na noite da véspera resultado de quarto trimestre em que mostrou alavancagem ao final de 2023 de 2,58 vezes ante 2,63 vezes nos três meses anteriores.

“Se a gente for a proposta vencedora…eventual IPO teria que esperar aprovações e integrações”, acrescentou o executivo sobre plano antigo da CSN de listar em bolsa suas operações de cimento.

Cimento
(Imagem: freepik/@ jcomp)

Ribeiro não deu detalhes sobre a proposta, mas afirmou que a CSN tem condições de manter a meta de alavancagem uma vez que conta com seu próprio desempenho de geração de caixa neste ano.

A estratégia também conta com a obtenção de parceiros para bancar parte dos investimentos da empresa em suas operações de minério de ferro e energia e uma estruturação de nova dívida para a aquisição “de maneira que parte do endividamento possa se transformar em equity”, disse o executivo.

Além da CSN, os ativos da Intercement, do grupo Mover, ex-Camargo Corrêa, são disputados pela Votorantim, maior produtora de cimento do Brasil.

Aço

A CSN teve queda de 5% nas vendas de aço no ano passado, embora no quarto trimestre a companhia tenha obtido crescimento de 6% sobre um ano antes.

Na conferência, o diretor comercial da empresa, Luis Fernando Martinez, afirmou que “é possível” que o mercado brasileiro cresça 10% este ano se a penetração das importações, que foram recordes no ano passado, recuar.

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O executivo afirmou que a CSN tem como objetivo reduzir seu “custo de placa” – o material que usa para laminar em outros produtos como chapas usadas por clientes de indústrias como a de eletrodomésticos – para mais perto dos 3 mil reais por tonelada este ano ante um nível atual de 3.400 a 3.500 reais.

No quarto trimestre, esse custo foi de 3.462 reais, uma queda de 3% ante o terceiro trimestre. Um ano antes, o custo de placa da CSN era de 3.923 reais, segundo o balanço divulgado na noite da véspera.

(Imagem: Reprodução/Freepik/@fxquadro)
(Imagem: Reprodução/Freepik/@fxquadro)

A expectativa de Martinez é que esse custo de 3 mil reais seja alcançado até o terceiro trimestre deste ano, permitindo à empresa elevar sua margem de lucro no segmento.

E após a companhia ter sido forçada no quarto trimestre a acompanhar preços menores de rivais na venda de cimento, Martinez afirmou “que vai ser mais fácil fazer reajustes (de preços) diante de demanda melhor” em 2024.

A CSN corre atrás para recuperar as margens de 30% que as operações da Lafarge-Holcim tinham antes da aquisição dos negócios da empresa no Brasil pela companhia brasileira, disse Martinez. No quarto trimestre, a margem Ebitda da operação de cimentos da empresa foi de 24,1%

As ações da CSN chegaram a avançar 3,5%, a 17,24 reais nos primeiros negócios desta quinta-feira, mas nesta tarde eram transacionadas em baixa de 4,3%, a 15,94 reais, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que cedia 0,53%.

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