Home Finanças Pessoais Faça as perguntas certas e prefira ser feliz a ter sempre razão

Faça as perguntas certas e prefira ser feliz a ter sempre razão

por Conrado Navarro
0 comentário

Por hábito, nos sentimos muito mais importantes quando sabemos a resposta para uma pergunta. Logo, saber a reposta para muitas perguntas costuma ser sinônimo de ser uma pessoa muito inteligente, “antenada”. Pode ser.

Gente informada faz bem e agrega valor, mas nem sempre têm opiniões capazes de realmente propor as reflexões mais relevantes.

Por influência de pai professor e mãe advogada, duas profissões para as quais a resposta certa nem sempre é a melhor, cresci acreditando em outra filosofia de vida. Para mim, aprende mais quem pergunta.

Em outras palavras, prefiro ser feliz a ter sempre razão. Acho que li isso em algum lugar, mas não me lembro onde. Perguntar, questionar e refletir diante das decisões (tomadas ou não) me é mais útil.

Você provavelmente questiona e discute muito do seu cotidiano com sua família e amigos. Onde passou as férias? Gosta de música? O que tem lido? Em quem vai votar?

eBook gratuito recomendado: Invista e Construa o Futuro dos seus Filhos

Perguntar demais ou ter resposta para tudo?

Certo, mas em se tratando de finanças pessoais, você é dos que gosta mais de perguntar ou de responder? Antes de tentar se lembrar da última vez em que o assunto foi abordado, responda rápido: quando o assunto é dinheiro, você faz as perguntas certas?

“Por que eu ganho tão pouco?” talvez seja a questão mais recorrente nos lares e ambientes de trabalho. A pergunta é pesada e tem um tom negativo, depreciativo. Que reflexões e atitudes ela nos incentiva a tomar?

Discutir com o chefe, reclamar da empresa para os amigos e endividar-se para consumir são consequências frequentes de não fazer as perguntas certas para si mesmo. Pensamentos tristes e um choque amargo de realidade são resultados comuns para a pergunta errada “Por que eu ganho tão pouco?”. Tal pergunta não nos faz sonhar.

Mude o enfoque. Experimente algo como “Como me organizar e ter qualidade de vida com o que ganho?” e também “Como aumentar minha renda para garantir um futuro melhor?”.

As associações vindas destas questões são mais alegres, têm mais significado prático e possibilitam a criação de um plano de ação; é nitidamente mais fácil partir destas perguntas e agir para mudar a realidade e ter uma vida melhor.

A mudança na reação é clara. Faça o exercício: responda às questões propostas nos parágrafos anteriores. Vamos lá:

  • Como me organizar e ter qualidade de vida com o que ganho? Começando agora mesmo a controlar seu dinheiro; listando todas as dívidas para futura renegociação; anotando receitas e despesas; passando mais tempo com sua família; investindo parte do seu capital em atividades que estejam mais alinhadas com o seu propósito de vida. Que tal?
  • Como aumentar minha renda para garantir um futuro melhor? Quem sabe aprendendo inglês e espanhol, avaliando a possibilidade de realizar um MBA, abrindo um negócio próprio.

eBook gratuito recomendado: Riqueza pessoal é possível

Perguntar não ofende…

As perguntas certas fazem você se mexer, deixando de lado o “mimimi”. Eu poderia comentar pelo menos uma dezena de perguntas sobre finanças visivelmente fora de escopo. “Por que será que nunca dou a sorte de ser sorteado no título de capitalização em que investi no banco?” é clássica.

Quem disse que título de capitalização é investimento? Você sabe como o produto funciona? A pergunta certa deveria ser “Quais as alternativas de investimento disponíveis para pouco dinheiro? Como posso conhecê-las?”.

Aceite que você não é uma vítima de sua realidade financeira. Pelo contrário, é o grande responsável por ela. Isso faz muita diferença.

É comum notar famílias tratando o dinheiro como um tabu, sem se dar conta deste comportamento perigoso. Isso acontece porque, mesmo inconscientemente é natural associar o dinheiro a pensamentos negativos e perguntas erradas.

Fica a impressão de que sonhar é um pecado quando o presente tem cheiro de milagre. Em lares assim, logo o dinheiro se torna sinônimo de problema.

Assumir uma postura adulta em relação ao tema e dar exemplo costumam ser atitudes que facilitam a abordagem familiar.

Falar de dinheiro de forma natural, abrindo o jogo das finanças da família e trabalhando o compromisso de todos com as metas e objetivos naturalmente eleva a qualidade das reflexões, trazendo à tona as perguntas certas.

eBook gratuito recomendado: Ter uma Vida Rica Só Depende de Você

Errou? É tempo de aprender (e corrigir)

Se você se identificou com estas situações e está incomodado com a forma como está administrando a sua vida financeira, aproveite esta época de início de ano para traçar metas.

Não adianta reclamar ou colocar a culpa em terceiros, pois você é o único responsável pelo seu bolso (e as consequências disso). Trabalhe muito bem seu senso crítico e exercite mais e melhor o bom senso.

Pessoas que procuram perguntar mais que responder são naturalmente inquietas e estão sempre questionando o “sistema”, buscando melhores alternativas tanto para si quanto para as pessoas que amam. Adote esta postura também.

É melhor que você mesmo seja o agente de mudanças na sua vida. Não espere que alguma ação externa (demissão, divórcio ou doenças, por exemplo) obrigue você a fazer isso. Tenho mais a dizer sobre isso em um vídeo bem rápido:

Começar com as perguntas certas encurta a distância entre você e seus objetivos, na medida em que constrói cumplicidade familiar e incentiva a discussão sadia sobre finanças pessoais em casa e no trabalho.

Sobre Nós

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.  Saiba Mais

Mail Dinheirama

Faça parte da nossa rede “O Melhor do Dinheirama”

Redes Sociais

© 2023 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.