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Façam suas apostas, onde o mundo vai parar? Qual o caminho do Brasil?

por Alvaro Bandeira
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Façam suas apostas, onde o mundo vai parar? Qual o caminho do Brasil?

Façam suas apostas. Você pode apostar que tudo que está acontecendo no mundo de ruim nesse momento vai proliferar, ou pode deduzir que muito do que está acontecendo é somente um jogo de cena de dirigentes, e que a situação vai melhorar do ponto em que está.

Certamente são apostas antagônicas que sugerem atitudes de investimentos opostas. Se você acha que vai tudo piorar, seja no cenário local ou internacional, então o que você deve fazer é se proteger com aplicações tradicionais de renda fixa cujo ganho vai deixá-lo insatisfeito. Ou fazer operação com moedas, se seu referencial é o exterior. Se você acha que boa parte do que está acontecendo é só encenação, a hora é de arriscar mais e fazer operações mais agressivas, seja na renda fixa ou na renda variável.

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É hora de projetar e olhar o futuro

Já falamos muito nesta coluna de tudo de ruim que está acontecendo no âmbito local e internacional. É hora de especular na vertente mais agressiva. Começando pela China, uma economia planificada, as indicações são de que o crescimento irá desacelerar nos próximos anos para uma taxa de crescimento de 6,5%, declinando até 6,0%. Mas o que temos assistido é que os dirigentes começam a acenar com a possibilidade de novos estímulos fiscais, ao mesmo tempo em que trabalham com a moeda yuan desvalorizada.

É claro que a ampliação do protecionismo comercial interfere no crescimento global e não convém para nenhum país. É exatamente por isso que pode acabar não acontecendo. O presidente Donald Trump quer somente um comércio mais justo com seus parceiros comerciais. Não quer que a China, por exemplo, faça superávits comerciais mensais superiores a US$ 25 bilhões. Não que que os carros americanos sejam tributados na Europa em 10%, enquanto os europeus convivem com alíquotas américas de 2,5%. Trump quer ainda relações de trocas mais justas com o Nafta, que inclui México e Canadá.

Portanto, nada mais corriqueiro que os detentores do poder sentem à mesa e cheguem num termo justo para as partes, tronando o comércio transnacional mais equilibrado. Nesse momento, Trump tem que mostrar poder e jogar duro, pois precisa ser vencedor nas eleições de novembro, e defendendo interesses dos setores industriais que o elegeram. Passada as eleições, pode suavizar seu discurso.

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Dúvidas em torno do crescimento americano

Convém lembrar que com os estímulos fiscais produzidos por Trump, a economia americana demonstra estar começando a crescer além de seu potencial, como bem diagnosticou o presidente do FED, Jerome Powell. O assessor econômico de Trump, Kudlow, já disse que a economia pode crescer no nível de 4,0% por um ou dois trimestres, o que para a economia americana é muito mesmo.

Raciocínio semelhante podemos atribuir aos conflitos entre Trump e Hassan Rohani, presidente do Irã. Rohani teve que ceder bastante para fechar acordo nuclear com as nações do ocidente e reduzir sanções, mas em contrapartida foi muito criticado pelos mais radicais do país. Depois disso, veio Trump e saiu do acordo, sem muitas evidências de que o Irã estava ferindo compromissos assumidos, exceto pelo que foi divulgado por Israel. Agora, ambos (Trump e Rohani) dizem coisas duras em discursos e pelo Twitter, mas por enquanto nenhum incidente aconteceu. Cabe a apostas de que Rohani joga duro para seus pares mais radicais e Trump para o grupo que o apoia.

Bom, no meio do caminho ainda temos o Reino Unido e a União Europeia discutindo o divórcio, onde um ainda precisará do outro. Novamente o jogo duro que na prática não convém.

E os desafios do Brasil?

No âmbito interno, com o Estado brasileiro falido, pouco restará ao novo dirigente eleito, qualquer que seja ele, que realizar reformas estruturantes.

É claro que cada um a seu modo, sofrido ou não, mas sem muitas alternativas para lidar com o déficit primário, déficit da Previdência, teto de gasto, carga tributária, etc. Todos os economistas sabem que não existe solução diferente dessa que não leve ao caos econômico.

Essas são só suposições para fazer nossos leitores pensarem e tomarem decisões de investimento condizentes com o que acredita e com o risco que desejam correr. Lembro que “para todo problema complexo há sempre uma solução simples, precisa e errada”.

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