O Ministério da Fazenda afirmou nesta terça-feira que existem incertezas sobre a estimativa de crescimento do Brasil de 2024, mesmo com o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, citando efeitos do desastre no Rio Grande do Sul.
Nota divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta afirmou que há expectativa de desaceleração no ritmo de crescimento no próximo trimestre, repercutindo a calamidade no Estado.
“A agropecuária e a indústria de transformação devem ser atividades especialmente afetadas, uma vez que são proporcionalmente mais importantes no PIB do Estado que no PIB nacional”, disse.
Segundo a pasta, no setor de serviços, atividades como transportes e outras áreas também devem ser impactadas.
“Medidas de auxílio fiscal e de crédito devem auxiliar a mitigar os impactos negativos desse episódio, mas seus efeitos devem se diluir ao longo deste e dos próximos trimestres”, afirmou.
As enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul afetaram indústrias e a produção agrícola, deixando um rastro de destruição em diversas cidades e mais de 170 mortos.
O Brasil retomou o crescimento no início de 2024 com expansão de 0,8% no primeiro trimestre sobre os três meses anteriores, em um resultado impulsionado pelo consumo das famílias e pelos investimento, e, do lado da produção, por serviços e agropecuária, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.