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Fed: impacto econômico duradouro das mudanças climáticas

Os pesquisadores usaram estimativas dos cientistas sobre o número de dias por ano em que o trabalho ao ar livre causaria estresse por calor

por Reuters
Federal Reserve

Um aumento no número de dias quentes à medida que a mudança climática aquece o globo provavelmente prejudicará a economia dos Estados Unidos a longo prazo, de acordo com uma pesquisa publicada nesta terça-feira pelo Federal Reserve de San Francisco.

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“Nossas descobertas sugerem que, em um cenário sem esforços em larga escala para reduzir as emissões de carbono, futuros aumentos no calor extremo reduziriam o estoque de capital em 5,4% e o consumo anual em 1,8% até o ano 2200”, escreveu Stephie Fried, economista sênior do Fed de San Francisco, e os coautores Gregory Casey e Matthew Gibson, ambos professores do Williams College.

Os pesquisadores usaram estimativas dos cientistas sobre o número de dias por ano em que o trabalho ao ar livre causaria estresse por calor, que, segundo as estimativas, aumentaria de 22 dias em 2020 para 80 em 2100.

Em seguida, projetaram a provável queda da produtividade da mão de obra na construção civil, onde, ao contrário da maioria dos setores de serviços e manufatura, o ar-condicionado não pode neutralizar o impacto dos dias quentes.

Eles se concentraram na construção porque ela representa uma parcela maior da produção econômica geral e do investimento dos EUA do que outros setores, como agricultura ou mineração, onde os trabalhadores também são vulneráveis ao calor.

“As reduções na produtividade da construção diminuem a acumulação de capital e, portanto, têm efeitos duradouros sobre os resultados macroeconômicos”, escreveram.

Usando um cenário alternativo menos provável, no qual o número de dias de calor extremo aumenta para 125 em 2100, os autores descobriram consequências muito maiores de um declínio na produtividade da construção, com a acumulação de capital projetada para cair 18% e o consumo em 7% em 2200.

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