O mercado está aí, “bombando” com tentações, e tornando um aniversário o grande evento do ano. Mas, tudo tem um custo. Seu bolso está preparado para isso?
Falta pouco mais de um mês para o primeiro aniversário da minha filha. Desde que comecei a me organizar para tal, resolvi que não faria algo que estourasse meu orçamento e que me deixasse com parcelas a pagar após a festa.
Para mim, foi uma decisão fácil. O aniversário de um ano, na minha concepção, é mais um motivo de comemoração para os pais do que para o próprio aniversariante que, salvo raras exceções, quase não aproveita.
Quando ela tinha quatro meses me dei conta de como o tempo estava passando rápido e comecei a me planejar financeiramente. Estipulei um valor máximo para gastar com a festinha e juntei o dinheiro. Pronto. Primeira etapa concluída.
Pesquisei muito na Internet, onde é possível encontrar ideias fantásticas no melhor estilo “faça você mesmo”. A vantagem é que eu sempre gostei de colocar a “mão na massa” e isso é um facilitador. Entrei em grupos de redes sociais sobre temas de aniversário, locação de acessórios e tudo mais.
Com o dinheiro na mão, fui até o Saara, um centro comercial popular aqui no Rio de Janeiro, similar à famosa Rua 25 de março, em São Paulo. Para pesquisar os preços e barganhar, andei bastante, mas valeu à pena. Dinheiro “vivo” é certeza de descontos nas compras.
A festinha será no salão do prédio onde moro. Casas de festas cobram preços exorbitantes por quatro, cinco horas de comemoração. Bacana para quem pode pagar, mas a verdade é que, para mim, há duas coisas que gostaria de ressaltar:
- Ainda que eu pudesse pagar R$10 mil reais (por baixo) para ter tudo pronto sem esquentar a cabeça com nada, me sentiria um pouco frustrada em não participar efetivamente dos preparativos;
- Percebo que festa infantil tem virado “o grande evento” e anda perdendo a sua essência.
Fui criada comemorando meus aniversários em casa, onde via minha mãe preparar tudo com muito carinho e dedicação. Nada de animadores para entreter as crianças e as brincadeiras ficavam por nossa conta. Esse comércio que envolve as festas infantis é algo recente. Para a criança, festa é festa mesmo que tenha “apenas” bolo, bola e outras crianças para brincar.
Não quero parecer alguém que, a despeito de não ter condições financeiras para bancar uma grande festa, está aqui arrumando justificativas ou simplesmente desmotivando quem deseja fazer uma festa mais sofisticada.
Sinceramente, eu poderia escolher pagar em 12 vezes, tendo a última parcela no aniversário de dois aninhos, por exemplo. Mas, muito pelo contrário, trago uma reflexão: vale prejudicar o orçamento da família por quatro, cinco horas de diversão e ostentação? Não seria mais prudente optar por algo, talvez mais simples, mas nem por isso menos legal?
Foto “Happy Birthday”, Shutterstock.
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