As ações da Fleury (FLRY3) podem ser um bom “carrego em um ambiente macroeconômico volátil”, avalia o Santander em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (28).
O time de análise elevou a recomendação para os papeis para compra, com um preço-alvo de R$ 19,50 para o final de 2024.
Caio Moscardini, Karoline Correia e Guilherme Gripp, que assinam o documento, veem três razões para possuir as ações: melhor momento de lucros; lucratividade incrementalmente maior; e valuation razoável.
Segundo eles, a Fleury está sendo negociada a 9,8 vezes o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) (ex-goodwill da aquisição da Amil) para 2025, “o que é barato em comparação com a média histórica de 3 anos de 14 vezes”.
“Como bônus, a Fleury opera em um negócio resiliente e gerador de caixa, por meio de marcas fortes, o que achamos que pode ser um bom “carrego” em um ambiente macroeconômico volátil”, explicam.
Além disso, o Santander observa que, mesmo em um cenário em que a receita da Amil diminua, o P/L (exgoodwill) permaneceria razoável em 11,3x em 2025.
Fleury L2L: valor subestimado
O banco entende que a alavancagem permanece baixa em 1,2 vez a dívida líquida sobre o Ebitda (DL/EBITDA), e prevê um rendimento de fluxo de caixa livre (FCL) de 6,7% e 7,2% em 2024 e 2025, respectivamente.
“Por fim, acreditamos que o mercado está subestimando a oportunidade de crescimento do L2L (Lab to Lab)”, pontuam.
Há uma expectativa de aceleração da receita, impulsionada por um efeito-calendário positivo nos próximos trimestres, melhorando o desempenho do segmento L2L e um ambiente competitivo ainda racional.
“O negócio de “novos links” pode enfrentar uma base de comparação difícil no segundo trimestre de 2024, mas esperamos que o crescimento seja retomado depois disso”, opinam.
No geral, a receita da Fleury deve crescer 8,2% e 8,7% no trimestre e 2024, respectivamente. Do lado da margem, a aceleração da receita da marca Fleury, a eficiência crescente dos “novos links” e as sinergias com a Pardini podem levar a margem Ebitda ajustada a expandir para 25,9% no 2º trimestre (+60 pontos-base ano a ano) e para 26,1% (+100 pbs a/a) em 2024.