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Focus: IPCA 2025 recua para 5,66%, ainda acima da meta

No último encontro, de janeiro, o colegiado aumentou os juros em 1 ponto porcentual e sinalizou elevação da mesma magnitude em março, de 13,25% para 14,25%

por Redação Dinheirama
Sede do Banco Central, em Brasília

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,68% para 5,66%. Agora, está 1,16 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.

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Um mês antes, estava em 5,60%. Considerando só as 117 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,60% para 5,68%.

A partir deste ano, a meta passa a ser contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

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Na ata da sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que o cenário para a inflação de curto prazo é adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industriais são pressionados pelo câmbio.

“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, disse o Copom.

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A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu de 4,40% para 4,48%, após duas semanas de estabilidade. Um mês antes, estava em 4,35%. Considerando apenas as 113 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,26% para 4,50%.

O Copom aumentou a taxa Selic de 12,25% para 13,25% em janeiro e sinalizou uma alta de mesma magnitude na reunião desta quarta-feira, 19.

O horizonte relevante do BC é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela quarta semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 subiu de 3,75% para 3,78%. Um mês antes, era de 3,80%.

Selic 

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela décima semana seguida, às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, 19.

No último encontro, de janeiro, o colegiado aumentou os juros em 1 ponto porcentual e sinalizou elevação da mesma magnitude em março, de 13,25% para 14,25%.

Considerando apenas as 100 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.

Banco Central, Copom
(Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela sétima semana consecutiva. Levando em conta apenas as 95 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.

A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela quinta semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 12ª semana consecutiva.

Na ata da reunião de janeiro, o Copom reforçou o forward guidance de elevação da Selic em 1 ponto em março. Para além da reunião desta quarta-feira, a magnitude total do ciclo será “ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o colegiado.

PIB

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 caiu de 2,01% para 1,99%, após quatro semanas de estabilidade.

Considerando apenas as 75 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária cedeu de 2,01% para 1,98%. Os dados forma divulgados nesta segunda-feira, 17.

O PIB brasileiro cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,4%. No acumulado de 2024, a economia teve alta de 3,4%. O carrego estatístico para 2025 é positivo em 0,8%.

A maioria dos indicadores de atividade de alta frequência compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve desempenho abaixo do esperado em janeiro.

A produção industrial teve variação zero, enquanto o mercado previa alta de 0,4%. O volume de serviços caiu 0,5%, ante mediana de alta de 0,1%.

Em contrapartida, as vendas do varejo ampliado cresceram 2,3%, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,7%.

Fachada do Banco Central, BC
Fachada do Banco Central (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 caiu de 1,70% para 1,60%, após quatro semanas de estabilidade. Considerando só as 70 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 1,70% para 1,56%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0%. Um mês antes, era de 1,98%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0% pela 53ª semana seguida.

O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Veja o documento:

(Com Estadão Conteúdo)

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