A Fórmula 1 anunciou nesta segunda-feira (25) um acordo preliminar com a General Motors (GM) (GM; GMCO34) para a entrada da marca Cadillac como a 11ª equipe no grid a partir da temporada de 2026. A decisão marca um avanço significativo nas negociações, embora o processo formal de adesão ao campeonato ainda esteja em andamento.
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Sob a administração da Liberty Media, que assumiu o controle da F1 em 2017, a categoria tem expandido sua presença nos Estados Unidos, com corridas em Miami e Las Vegas. A entrada da GM reflete o crescente valor e atratividade do esporte, em um cenário onde as equipes já são avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, beneficiadas por limites de gastos que protegem investidores de custos excessivos.
Mark Reuss, presidente da GM, descreveu a entrada na F1 como uma “honra”, destacando a oportunidade de usar o esporte como vitrine global para demonstrar a expertise em engenharia e liderança tecnológica da marca Cadillac. A entrada será feita em parceria com a TWG Global, liderada por Mark Walter, conhecido por sua atuação no esporte, com participações no Los Angeles Dodgers, LA Lakers e Chelsea FC.
Inicialmente, a Cadillac utilizará motores de fornecedores terceirizados, mas a GM planeja se tornar uma equipe de fábrica até o final da década. As mudanças regulatórias de 2026, que prometem reformular o design dos carros, tornam a ocasião propícia para a entrada da montadora.
Desafios
Apesar do entusiasmo, a entrada da GM não foi fácil. A Fórmula 1 havia rejeitado em janeiro deste ano uma proposta conjunta entre a Andretti Global e a GM, alegando que a inclusão de uma 11ª equipe não ofereceria valor suficiente à competição. Isso gerou controvérsias, incluindo preocupações de equipes existentes sobre a diluição dos prêmios em dinheiro.
Para compensar, a GM e a TWG deverão pagar uma taxa de entrada substancial, estimada em US$ 450 milhões, como condição para sua adesão. Esse valor é significativamente maior que a taxa de US$ 200 milhões prevista nas regras atuais, que expiram antes de 2026.
A entrada da Cadillac na F1 é um marco para o esporte, que busca ampliar sua base de fãs nos EUA. Segundo Greg Maffei, chefe da Liberty Media, a chegada de uma marca americana icônica como a GM/Cadillac agrega valor ao campeonato e reforça os planos de expansão da F1 no mercado norte-americano.
Embora ainda existam desafios regulatórios e financeiros, o acordo sinaliza o compromisso da GM com a Fórmula 1 e a promessa de inovação e competitividade no grid a partir de 2026.