Um dos setores de empreendedorismo bastante difundido e conhecido pelas pessoas é o setor de franquias, que cresceu 14,7% em 2009, faturando R$ 63 bilhões no ano. Um dos grandes motivos de as pessoas procurarem franquias de grandes marcas é o fato de acharem que o risco do negócio será menor, já que ela está fazendo uso do nome de alguma empresa já conhecida e de uma estrutura bem delineada, com procedimentos bem definidos etc.
Elas estão certas em seu ponto de vista, mas também é por tais motivos que abrir uma franquia é uma decisão que custa caro para o bolso do empreendedor. Afinal, você está usando a marca, a experiência e o conhecimento de alguém a seu favor. E isso faz todo o sentido. E, mesmo sendo uma prática que custa caro, a expectativa para 2010 é boa, visto que houve um forte aumento no número de redes que aderiram ao franchising em 2009.
E é por essa razão – de o franchising ser importante para a economia do país – que venho abordar dois pontos que talvez você não saiba. Um é sobre as chamadas “micro franquias” e o outro é sobre as “franquias para quem quer diminuir o risco ao empreender”.
As micro franquias são uma tendência para tentar acabar com o vão existente entre os que querem empreender em franchising e não têm tanto dinheiro e as empresas que querem ter sua marca e sua empresa cada vez maior e mais presente nos diferentes ambientes e cidades. Elas se baseiam em um investimento inicial inferior ou igual a R$ 50 mil e a expectativa é a de que esse movimento sofra um processo de expansão pelo interior dos estados.
E o risco? O site da Revista PEGN (Globo) traz uma ótima reportagem intitulada “Franquias para quem quer correr poucos riscos”, de onde cito o seguinte trecho, que explica bem esse modelo de negócio:
Existe um modelo no mercado para quem quer comprar uma franquia diminuindo suas margens de risco: adquirir o negócio com tudo — ou pelo menos quase tudo — pronto. Em vez da tradicional consultoria e do treinamento de funcionários, usualmente incluídos no pacote vendido pelo franqueador —, o novo franqueado leva também a infraestrutura e, em alguns casos, começa já com o ponto em pleno funcionamento. Franqueador da China House, Jorge Torres decidiu se abrir para essa ideia com o objetivo de atrair interessados que tinham medo de investir: “Muitos não querem começar do zero. Esse é um jeito de expandir o negócio e oferecer segurança”.
Fico bastante contente que novos métodos estejam sendo criados e implementados visando movimentar a economia e facilitar a abertura de franquias. Mas, uma coisa que precisa ser dita é que empreender envolve riscos e isso infelizmente assusta e distancia algumas pessoas da arte de buscar novas oportunidades. É uma pena. Segundo Seth Godin, autor de “O Melhor do Mundo” (Sextante) e outros best sellers, adotar uma estratégia considerada segura é a ação mais arriscada a ser feita nos dias de hoje. Você já deve ter lido aqui no Dinheirama que quanto maior o risco, maior pode ser o retorno sobre o investimento.
Ouse, mas faça-o com determinação e com amor. A jornada é divertida e cheia de caminhos irregulares, mas vale a experiência. Caso tenha interesse em abrir uma franquia, sugiro que adquira o Guia de Franquias, publicação anual elaborada também pela equipe da PEGN (Globo), ou outra publicação semelhante à venda nas de todo o país. Tais guias normalmente trazem o passo-a-passo sobre como abrir uma franquia, quais as melhores empresas do setor de franchising, como avaliar se a franquia cabe no bolso etc.
Já conhecia os modelos de negócio do setor de franquias abordados aqui? O que pensa a respeito de empreender abrindo uma franquia? Aguardo seu comentário, com dúvidas ou criticas para estimularmos uma discussão em torno do assunto. Vamos lá, participe. Um abraço.
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.