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Fundos Cambiais: ainda vale à pena investir?

por Sandra Blanco
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Fundos Cambiais: ainda vale à pena investir?

Fundos Cambiais: ainda vale à pena investir?Neste ano o dólar acumula uma valorização sobre o real que atrai a atenção dos investidores. Em agosto, atingiu a maior cotação do ano, chegando a R$ 2,45 e em setembro reverteu o movimento, voltando a R$ 2,22.

Mesmo assim, 7,8% num ano é uma boa alta em comparação com o comportamento de outros ativos. Diante dessa performance da moeda americana, os investidores voltaram a procurar os fundos cambiais. Mas será que este é mesmo um bom investimento?

Os fundos cambiais podem ser indexados ao dólar, como também a outras moedas como, por exemplo, o euro. Ainda podem ser de gestão ativa, quando buscam, no longo prazo, superar positivamente a variação de uma moeda, ou passiva, quando o objetivo é seguir suas variações.

Estes fundos são mais indicados para investidores que desejam se proteger das oscilações da moeda por algum motivo, seja uma viagem, curso no exterior ou alguma obrigação em moeda estrangeira. São fundos arriscados, que oscilam muito e que no longo prazo, muitas vezes, obtém rendimentos abaixo do CDI.

Os fundos cambiais não compram diretamente as moedas, mas operam através de instrumentos do mercado financeiro como swaps, opções de dólar e contratos futuros. Portanto, saiba que a rentabilidade dos fundos cambiais não é um hedge perfeito, ou seja, a proteção não é total contra a oscilação da moeda. Por isso, em alguns momentos, a rentabilidade do fundo pode ir na direção oposta à da moeda.

Quem investe em fundos cambiais faz aportes e resgates em reais. Assim, ao investir para fazer uma viagem daqui um ou dois anos, quando for retirar o dinheiro aplicado ainda será preciso converter reais em dólar e, claro, pagar a taxa de conversão da moeda.

Como qualquer fundo, os cambiais cobram taxa de administração – que, para esta categoria, costuma variar entre 1% e 3%, mas a rentabilidade apresentada para o investidor já é livre desta taxa.

O Imposto de Renda é regressivo, ou seja, depende do tempo que o dinheiro ficar aplicado:

  • Para aplicações de até 180 dias, a alíquota de imposto de renda é 22,5% sobre os ganhos;
  • De 181 a 360 dias é de 20%;
  • Para aplicações de 361 a 720 dias é de 17,5%;
  • E para períodos mais longos, acima de 720 dias, 15% dos ganhos sobre capital.

Neste ano em que os investidores perdem com aplicações de renda fixa e renda variável, todos ficam de olho na valorização do dólar e é aí que mora o perigo. Como vimos acima, investimentos em fundos cambiais requerem muita cautela, pois podem apresentar mais desvantagens do que vantagens.

Foi o que levou ao quase desaparecimento desses produtos após o sucesso do Plano Real no Brasil. Atualmente, há poucos fundos cambiais disponíveis no mercado e os que existem são, majoritariamente, fundos dos grandes bancos.

Gestores independentes preferem operar moedas como uma estratégia de diversificação e não uma estratégia específica – e este modelo tem se mostrado mais eficiente.

E você, está pensando em investir em fundos cambiais? É melhor repensar, principalmente se for para guardar dinheiro para uma viagem. Em caso de dúvidas, entre em contato comigo através do canal “Fale com a Sandra”, no site da www.orama.com.br.

Foto business man with dollar, Shutterstock.

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