O Brasil registrou oito operações de fusão e aquisição no setor de educação no segundo trimestre de 2024, uma alta de 400% na comparação com o segundo trimestre de 2023, quando duas transações desse tipo foram realizadas, evidenciando um cenário de alta setorial, segundo a KPMG.
Das oito transações, sete foram domésticas e uma do tipo CB2, quando brasileiros adquirem de estrangeiros empresa estabelecida no exterior.
Os dados são pesquisa da KPMG realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
“O ano de 2023 foi de muitas incertezas para o setor de educação, principalmente pelas indefinições das novas políticas públicas que seriam implementadas pelo governo e também por questões econômicas”, lembra Marcos Boscolo, sócio-líder do setor de Educação da KPMG no Brasil.
Para ele, com a melhoria nas perspectivas econômicas e início de um ciclo de redução de taxa de juros, o setor voltou a se movimentar e tirar do papel os planos expansão que haviam sido interrompidos.
“Ainda existem muitas oportunidades de M&As, principalmente visando agregar novos áreas de atuação e sinergias e o reflexo desse otimismo está refletido no recorde de transações nesse período”, conclui Bôscolo em nota.
De acordo com o estudo, o País registrou 426 fusões e aquisições de empresas no segundo trimestre de 2024, um aumento de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 365 operações desse tipo.
As operações domésticas entre organizações brasileiras (256) lideraram essas transações, seguidas de transações de empresas de capital majoritário estrangeiro (95) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.