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Futebol: um negócio milionário conduzido por amadores?

por Ricardo Pereira
3 min leitura

Futebol: um negócio milionário conduzido por amadores?Há muito tempo futebol deixou de ser apenas um esporte e passou a se tornar um grande negócio. Ingressos caros, jogadores profissionais que não pensam duas vezes antes de trocar de clube, cifras milionárias que são acordadas com a televisão e patrocinadores cada vez mais dispostos a investir são alguns dos exemplos atuais.

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E, por trás de tudo isso, a paixão de milhares de pessoas em acompanhar de perto seu time de coração. Seria este o negócio perfeito? Talvez, porque no fundo somos apaixonados por clubes onde tudo é profissional, exceção às pessoas que comandam o futebol. Aqui falo dos dirigentes, começando pelos que comandam o futebol no mundo: a FIFA.

Este é um blog de negócios e estamos aqui tratando de futebol?

Sim, afinal de contas estamos aqui para discutir maneiras de lidar melhor com nossos negócios e decisões relacionadas a investimentos e empreendimentos. Neste sentido, exemplos como o do futebol podem e devem ser discutidos e analisados. Além disso, parece que a cidadania é completamente esquecida quando a emoção toma conta – no futebol, isso implica em violência desnecessária; na vida financeira, isso implica em endividamento.

Essa semana, o que nos chamou a atenção foi o incidente que levou à morte do garoto Kevin Douglas Beltrán Espada, de apenas 14 anos, causado após um sinalizador utilizado por navios ter sido disparo pela torcida. As primeiras informações dão conta de o artefato foi disparado pela torcida do Corinthians.

Doze torcedores do Corinthians foram detidos em Oruro (Bolívia), local do jogo, e provavelmente serão indiciados pela morte do torcedor. O programa Zona Deportiva de Oruro divulgou um vídeo que captou o exato momento em que o disparo foi feito. A imagem mostra ainda, momentos após o disparo, a fuga de integrantes da torcida brasileira. Veja a seguir:

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A verdade é que esse tipo de situação não pode mais acontecer. Os torcedores devem entender que o estádio de futebol não é um campo de batalha. O que aconteceu foi uma fatalidade, mas a cada semana nos surpreendemos com notícias de brigas, vandalismo e mortes. A paixão de uns somada à falta de profissionalismo de outros resulta nestas tragédias? Talvez.

Alguns jogos que são realizados na América do Sul são claramente campos de batalha, com torcedores arremessando todo tipo de objetos nos jogadores e fazendo da força e violência um poder de coagir os adversários. Infelizmente, nesses casos não se toma nenhuma medida e, ano após ano, nada de mais sério acontece. Os interesses políticos falam mais alto? Cadê o profissionalismo?

Em relação a esse jogo e a sequência da Libertadores de América 2013, o Corinthians foi penalizado e disputará os próximos jogos com portões fechados. Mais uma vez a prática de que por causa de um, muitos pagam.

Em 2012, o Corinthians faturou cerca de R$ 14 milhões com bilheterias durante a competição sul-americana. Para 2013, o clube já havia vendido antecipadamente 82.500 ingressos, que são correspondentes aos três jogos que serão realizados no Brasil referentes à primeira fase da Libertadores. E agora, o que fazer?

O que desejamos?

É hora de termos nos estádios um comportamento diferenciado. Que ele seja um local de comemorações e alegria, onde o aspecto esportivo possa se sobressair ao policial. E que o jogo de futebol seja um lugar onde o torcedor compareça para assistir um show e seja tratado com respeito e segurança. Com profissionalismo.

Você concorda coma punição ao time do Corinthians? Que lições podemos tirar do episódio para levar para a vida como um todo? Registre seu recado no campo de comentários e vamos criar uma discussão de alto nível.

Um abraço e até a próxima.

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