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Gafisa se diz “inconformada” com pedido da Polo para bloquear R$ 24 mi da construtora

Entenda o imbróglio envolvendo a gestora carioca e a construtora Gafisa em um processo que se arrasta desde 2019

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Gafisa 2

A Gafisa (GFSA3) disse nesta terça-feira (23) que está “inconformada” com o pedido da Polo Capital Securitizadora, que exige a recompra de títulos que lastreiam recebíveis imobiliários que foram objeto de contratos de cessão de créditos firmados entre o período de 2012 a 2017.

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O comunicado vem em resposta a uma notícia publicada no último dia 18 de janeiro pelo O Globo. O texto informa que a Gafisa teria sofrido uma derrota judicial em primeira instância na disputa que trava desde 2019 com a gestora carioca, o que teria causado um bloqueio até R$ 24 milhões nos recursos que a construtora está prestes a receber por meio dos “bônus de subscrição”.

“A Polo Capital pediu a penhora de todos os valores que a Gafisa for receber no âmbito de um processo movido contra a empresa há mais de quatro anos. Naquela época, quando a construtora ainda era controlada pelo sul-coreano Mu Hak You, a Polo acusou a Gafisa de desviar recursos”, explica o jornal.

A gestora comprou Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da construtora, “na prática adiantando à empresa o dinheiro que ela ganharia com a venda de apartamentos. A Gafisa continuaria cobrando o pagamento junto aos clientes, mas teria que repassar os valores à Polo. Mas, segundo acusou a gestora à época, a Gafisa teria emitido boletos de cobrança com sua própria conta bancária, retendo o dinheiro da Polo”.

Desempenho das ações da Gafisa nos últimos 12 meses

Inconformismo

A Gafisa se defende com o argumento de que “não há liquidez do título executivo, causada pela falta de documentação comprobatória do inadimplemento dos mutuários originais dos recebíveis, fato que acarreta limitação do exercício do direito de defesa”.

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Ainda segundo o texto, “os valores em disputa no referido processo judicial se encontram integralmente garantidos. Apesar disso, a Polo insiste em recusar bens que foram ofertados em diversas oportunidades para constituir garantia do Juízo, com o nítido propósito de tumultuar o processo, inclusive veiculando novos pedidos de penhora como este que foi a base da notícia em análise”.

Veja o documento

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