O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, terá que escrever uma nova carta aberta para explicar o estouro da meta de inflação, provavelmente em julho deste ano, após ter divulgado a 1ª em janeiro de 2025.
Isso acontece porque, desde janeiro de 2025, as novas regras exigem uma carta aberta e uma nota no Relatório de Política Monetária, produzidas se a inflação acumulada em 12 meses ficar por seis meses consecutivos fora do intervalo de tolerância.
“A inflação acumulada em 12 meses deverá ficar acima do teto ao longo deste ano e até agosto de 2026. Desta forma,
o Banco Central terá descumprido a meta de inflação em julho de 2025, quando completará seis meses consecutivos
de inflação acima do teto”, avalia a LCA Consultores, em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (18).
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Expectativas de inflação
Conforme ressalta a LCA, o Boletim Focus de 14 de fevereiro registrou novamente modestas altas das medianas das projeções para a maior parte dos períodos monitorados. As expectativas de inflação da Pesquisa Focus seguiram acima da meta e no caso de 2025 supera o intervalo de tolerância. A inflação implícita recuou de forma disseminada, exceto para 2028.
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Sobre a Selic, o relatório mostrou que a trajetória da taxa Selic prevê mais uma alta de 100 pontos base (pb) em março. Além disso, os analistas continuam a esperar mais duas elevações menores no segundo trimestre de 2025: 50 pb em maio e em junho.
“Nessa ocasião, a taxa básica de juros terá alcançado 15,25% e permanecerá nesse patamar até novembro, quando a taxa Selic seria reduzida para 15,0%. Os analistas continuaram a esperar uma redução de 250 pb da Selic para 12,50% em 2026. O juro real ex-ante para os próximos 12 meses seguiu acima de 9,0% em todo ano de 2025”, conclui a LCA.