Com o recuo das cotações do petróleo no mercado internacional, os preços dos derivados da commodity no Brasil ficaram mais altos do que os praticados no Golfo do México usados como parâmetro pelos importadores. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina está 5% mais cara em todas as refinarias no País, mantendo as janelas abertas para importação.
Para uma equiparação ao mercado internacional, seria necessário redução, em média, de R$ 0,16 por litro.
<<< Siga o perfil do Dinheirama no Bluesky >>>
O mesmo acontece com o preço do diesel, puxado pela Refinaria de Mataripe, na Bahia, única unidade privada do País, com uma diferença de 3%.
Nas unidades da Petrobras, o preço na média está estável, segundo a Abicom.
Etanol mais competitivo
O etanol seguiu mais competitivo em relação à gasolina em 7 Estados e no Distrito Federal na semana de 1º a 7 de setembro.
Na média dos postos pesquisados no País, o etanol tinha paridade de 66,34% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (68,46%), Goiás (65,49%), Mato Grosso (60,34%), Mato Grosso do Sul (65,05%), Minas Gerais (68,93%), Paraná (68,12%) e São Paulo (65,43%), além do Distrito Federal (68,93%). No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.