O plantio de milho da safra 2023/24 começou no Rio Grande do Sul, disse a Emater-RS nesta quinta-feira, apontando o início dos trabalhos de semeadura do cereal na nova temporada brasileira em um importante Estado produtor.
Por questões climáticas, o Rio Grande do Sul faz apenas uma safra de milho durante o ano, para geralmente colher ao longo do verão, diferentemente de outros Estados do centro-sul, que plantam duas safras, sendo a maior a de inverno.
Assim, o Estado é um dos maiores produtores de milho do Brasil na safra de verão, visto que busca atender a demanda de sua forte indústria de carnes. Nos últimos anos, contudo, condições climáticas secas limitaram o potencial produtivo do Rio Grande do Sul.
“A semeadura de milho está em fase inicial no Rio Grande do Sul. Os produtores realizam os trabalhos de preparo das áreas para o plantio”, apontou informativo conjuntural desta quinta-feira da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).
Segundo a Emater, o plantio foi feito em algumas localidades da região de Bagé após praticamente 15 dias sem chuvas, com temperaturas elevadas.
A região recebeu chuvas nos últimos sete dias, mas os volumes foram relativamente baixos, de cerca de 11 milímetros, segundo dados do terminal Eikon, da Refinitiv.
A empresa de assistência técnica gaúcha disse que “há necessidade de precipitações nos próximos dias para garantir o bom estande de plantas”.
Na região de Frederico Westphalen, a maioria dos produtores está preparando as áreas para a semeadura. “Há, no entanto, áreas que já foram semeadas, principalmente as localizadas próximas do Rio Uruguai, como é o caso dos municípios de Pinheirinho do Vale, Vicente Dutra, Iraí, entre outros”.
Na região de Santa Rosa, nos municípios onde os acumulados de chuvas foram menores, a semeadura também avançou.
A Emater pontuou que alguns produtores devem realizar a semeadura no início de setembro, visando a melhores condições de temperatura e do solo para emergência mais rápida das lavouras.
Trigo
O boletim apontou também que o plantio de trigo já foi encerrado no Rio Grande do Sul, e que as lavouras “se desenvolvem dentro da normalidade, estando 84% em fase de germinação ou desenvolvimento vegetativo, 14% em floração, e 2% em enchimento de grãos”.
Na região de Frederico Westphalen, onde estima-se o cultivo de aproximadamente 164 mil hectares, o retorno de chuvas mais significativas nos últimos dias acelerou o crescimento e o processo de floração, que chega a 25% das lavouras.
“A expectativa de produtividade é muito boa, pois a germinação e o desempenho da cultura estão dentro dos parâmetros de normalidade”, disse a Emater.