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A Geração Y e o negócio próprio: qualquer um pode empreender?

por Plataforma Brasil
3 min leitura
A Geração Y e o negócio próprio: qualquer um pode empreender?

Por Carlos Jenezi, especialista em desenvolvimento de produtos e articulista da Plataforma Brasil Editorial.

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Como superar a distância de pensamento entre o mundo corporativo tradicional e as novas gerações?

A cada ano só crescem os números relacionados ao empreendedorismo no Brasil e no mundo, principalmente entre os mais jovens. O que era apenas um desejo de poucos nas gerações passadas, hoje possivelmente é maioria nas aspirações profissionais da chamada Geração Y.

O que motiva esses jovens a esquecer as carreiras nas grandes empresas e pensar desde cedo em seguir nos tortuosos caminhos da empresa própria? Claro que o advento dos bilionários da tecnologia na segunda grande onda .com contribui para essa aspiração crescente.

Casos de grande sucesso criados há relativamente pouco tempo, como o Facebook, Instagram, Twitter e tantos outros povoam as mentes férteis dessa geração que pensa que tudo é possível, para todos e de forma rápida (o que os mais vividos sabem que obviamente se trata de uma grande ilusão). Mas será que é só isso?

Penso que um dos grandes motivadores dessa onda empreendedora esteja justamente no seu oposto, no ambiente empresarial tradicional, o chamado mundo corporativo.

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A lentidão com que as grandes empresas se movem rumo à modernidade é por si só um grande motivador às avessas, afastando cada vez mais a nova geração de seus quadros.

Percebo essa tendência de forma bastante nítida nos grupos de estagiários com os quais cruzo por aí. Parecem incrivelmente alheios ao mundo de horários (ainda) rígidos, regras de comportamento quase hereditárias e um modo de gerir as coisas que não mudam muito desde a época de seus pais (vele ressaltar que falo da geração dos 20 e poucos anos, onde os pais não são muito mais velhos que eu, com 37!).

Esse hiato de visões entre velhos empregadores e jovens aprendizes acaba gerando uma convivência fria, sem pulso, sem tesão de ambas as partes.

Acho perfeitamente normal que muitos estudantes recém-saídos das faculdades se aventurem no empreendedorismo, ainda que muitas vezes às custas dos próprios sonhos juvenis e possivelmente de alguns milhares de reais. Mas, será que esse é um caminho para todos?

Penso que o mundo corporativo precisa urgentemente se reciclar. Criar ambientes propícios para aproveitar de forma plena o potencial dessa nova geração. Já fiz reiteradas críticas à geração Y e suas idiossincrasias, mas não podemos negar que ela exista e que seja a futura força motriz do mundo produtivo.

Algumas questões para reflexão:

  • Como unir os conceitos perenes de gestão com as expectativas de uma geração que contesta a tudo e a todos?
  • Como garantir o crescimento sustentado de negócios ditos antigos (ainda precisamos de carros movidos a petróleo!), sendo geridos por pessoas que só pensam em sustentabilidade?
  • Como gerenciar tantos conflitos e mudanças enquanto gerenciamos o próprio negócio, com suas próprias demandas e desafios?

Acredito que a mudança deva vir justamente das ditas “gerações passadas”, sejam elas X, A ou B. São essas pessoas que possuem a experiência, a visão e a autonomia necessárias para promover grandes mudanças sem colocar em risco o negócio em si. Não é tarefa fácil e, ao que parece, estamos bastante atrasados. É preciso avançar, e rápido.

Temos que fazer tudo ao mesmo tempo e muito rápido. Temos que pensar de forma integrada, virtual, sustentável e até desordenada. Nesse processo, a geração Y somos nós.

Foto “Multi-task”, Shutterstock.

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