A pesquisa mais recente do Bank of America, realizada com 32 gestores responsáveis por administrar um total de US$ 57 bilhões em ativos, revelou uma diminuição na convicção em relação ao desempenho do Ibovespa (IBOV) e do real.
Os resultados indicam uma queda nas expectativas, com 47% dos participantes projetando que o índice ultrapassará os 140 mil pontos até o final do ano, em comparação com os 63% do mês anterior.
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Além disso, a expectativa para o real agora situa-se entre 4,81 e 5,10 em relação ao dólar (USDBRL), com apenas 28% dos entrevistados esperando uma desvalorização da moeda norte-americana em 2024, em comparação com os 77% registrados no mês anterior.
Selic e PIB
Por outro lado, a pesquisa revelou um aumento na convicção em relação à taxa Selic e ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Dois terços dos participantes agora esperam que a taxa Selic atinja 9% ou menos, o que coincide com o momento em que se espera um retorno significativo dos investidores ao mercado de ações.
Em relação ao PIB, as projeções para o crescimento econômico do Brasil em 2024 aumentaram ligeiramente, com 25% dos entrevistados agora prevendo um crescimento superior a 2%, em comparação com apenas uma pequena fração de 3% no mês anterior. As expectativas para o crescimento do PIB do México em 2024 também apresentaram uma leve elevação, previsto entre 2% e 3%.
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Caixa
A pesquisa também analisou os níveis de alocação em caixa e o sentimento em relação aos mercados. Embora os níveis de caixa tenham aumentado ligeiramente para 6,5%, a alocação em dinheiro permanece em níveis neutros, indicando uma postura cautelosa dos investidores.
Riscos
Quanto aos riscos percebidos, a China permanece como um ponto de preocupação consensual, com alocações abaixo da média em setores como materiais, commodities e comunicação.
A maioria dos entrevistados (66%) acredita que o estímulo econômico na China não será suficiente para elevar os preços das matérias-primas, destacando a preocupação com a relação entre a economia chinesa e os mercados globais.
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