O Goldman Sachs elevou a recomendação das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) para compra, mas manteve os papéis da PetroRio (PRIO3) como a sua preferência no setor de petróleo brasileiro, mostra um documento enviado a clientes na noite de terça-feira (20).
Segundo o banco, a PetroRio possui uma entrega operacional sólida, forte perspectiva de crescimento e avaliação barata, além de um risco político significativamente menor.
As ações da estatal subiram aproximadamente 50% no acumulado do ano, contra uma queda de 12% do barril de petróleo (Brent) e uma alta de 8% para o Ibovespa.
Petrobras
Os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins reconhecem que a visibilidade sobre o futuro da Petrobras ainda permanece limitada, mas que os recentes pronunciamentos da direção da estatal reduziram pelo menos parcialmente a possibilidade de um eventual pior cenário esperado por alguns investidores.
“Acreditamos que a recente recuperação das ações reflita uma maior visibilidade sobre qual será a abordagem da nova administração na política de precificação de combustíveis e alocação de capital para o ciclo atual, após os recentes anúncios de uma nova estratégia comercial para o diesel e a gasolina e as diretrizes anunciadas recentemente para o próximo plano estratégico”, apontam os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins.
Sobre a política de dividendos, por exemplo, a Petrobras já mencionou que acredita que 25% de pagamento sobre os ganhos é muito baixo e que as recompras de ações também são uma opção.
Além disso, a polêmica em torno dos preços dos combustíveis parece ter diminuído com a continuidade do respeito às tendências de preços internacionais, mesmo que com atraso ou pequeno desconto.
Por fim, a alocação de capital deverá ficar controlada em um aumento de investimentos de 6% para até 15%, conforme já antecipado pela Petrobras, o que diminui a chance de surpresas para o novo plano estratégico a ser divulgado em novembro.