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Golpe de Bolsonaro, buscava matar Lula, Alckmin e Moraes diz Cid; veja o vídeo

O ex-ajudante comentava sobre uma reunião do general Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência com Bolsonaro

por Redação Dinheirama
Mauro Cid e Jair Bolsonaro

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou na delação premiada que Bolsonaro ficava ‘tocado’ com algumas pressões que recebia para pôr em prática um golpe de Estado.

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Em outras vezes, ele mandava aliados embora e dizia: “você está querendo me fuder”.

“Tinha vezes que o pessoal ia lá falar com o presidente e o presidente ficava tocado, digamos assim, e tinha vezes que ia gente lá que o presidente falava assim, com o jeito do presidente: ‘você está querendo me fuder’, e mandava o cara embora”, afirmou.

No trecho da colaboração, que teve o sigilo derrubado por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Cid comentava sobre uma reunião do general Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência com Bolsonaro.

A investigação da PF apontou Fernandes como o autor da operação denominada Punhal Verde e Amarelo, que buscava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes.

Em outra parte da colaboração premiada, Cid diz, sem citar nomes, que pessoas próximas do ex-presidente mandavam mensagens para ele “ouriçadas” para que “acontecesse alguma coisa”.

“Eram amigos, eram de tudo, que estavam ali, vou utilizar a palavra ‘ouriçadas’ para que acontecesse alguma coisa”, disse o tenente-coronel.

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Vídeo de Cid

Os vídeos da delação premiada de Cid foram divulgados pelo STF nesta quinta-feira, 20, após Moraes levantar o sigilo do seu acordo de colaboração.

A queda do sigilo ocorreu dois dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Bolsonaro por tentativa de golpe, em peça encaminhada ao STF.

O procurador-geral Paulo Gonet concluiu que Bolsonaro liderou articulações para uma ruptura institucional. Além disso, a denúncia atinge outros 33 indiciados em inquéritos da PF.

Mauro Cid
Tenente-coronel Mauro Cid (Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado)

A PGR apontou que Bolsonaro cometeu cinco crimes, sendo eles: dano qualificado com uso de violência e grave ameaça e deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa. Somadas, as penas dos crimes podem chegar a mais de 43 anos de prisão.

De acordo com a denúncia da PGR, Bolsonaro liderou uma organização criminosa “baseada em projeto autoritário de poder” e “com forte influência de setores militares”.

Também foi apontado como comandante da trama o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto, que está em prisão preventiva. A defesa de Bolsonaro sustenta que a denúncia não apresenta provas dos crimes imputados ao ex-presidente.

(Com Estadão Conteúdo)

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