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Home Economia e Política Gonet desponta como favorito para ser indicado por Lula para PGR, dizem fontes

Gonet desponta como favorito para ser indicado por Lula para PGR, dizem fontes

Lula, que se reuniu com os postulantes, não se encantou com nenhum dos três nomes, segundo a fonte palaciana

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Roque de Sá/Agência Senado)

O subprocurador-geral da República e vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, desponta como favorito para ser indicado como novo procurador-geral da República pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmaram à Reuters fontes com conhecimento das tratativas, embora tenham ressalvado que a decisão ainda não está tomada.

Lula decidiu acelerar a indicação e escolher possivelmente ainda nesta semana o nome do novo PGR, após a chefe interina do órgão, Elizeta Ramos, ter feito nomeações internas para o órgão que desagradaram o Palácio do Planalto, segundo reportagem publicada pela Reuters na terça-feira.

Três nomes estão sendo considerados. Além de Gonet, estão no páreo os também subprocuradores Antônio Carlos Bigonha e Aurélio Rios, mas nos últimos dias Gonet, que tem apoio dentro do Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou força para ser o escolhido, de acordo com quatro fontes envolvidas nas discussões.

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“Martelo não está batido, mas Gonet é o favorito no momento”, disse uma fonte do Palácio do Planalto.

Como vice-procurador-geral Eleitoral, Gonet atuou no processo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade.

Ele foi designado a esse cargo na gestão do ex-procurador-geral Augusto Aras, cujo mandato se encerrou em setembro.

Atuando de forma discretíssima, conforme as fontes, Gonet tem arregimentado o apoio nos bastidores de autoridades como os ministros do STF Gilmar Mendes, decano da Corte, e Alexandre de Moraes, atual presidente do TSE, além de parlamentares proeminentes como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e até mesmo do ministro da Justiça, Flávio Dino.

As tratativas de Lula e interlocutores sobre a sucessão na PGR vêm ocorrendo há pelo menos três meses e não tinham ganhado tração até esta semana, mesmo após a saída de Aras.

Lula, que se reuniu com os postulantes, não se encantou com nenhum dos três nomes, segundo a fonte palaciana. A eventual escolha de Gonet, entretanto, teria o condão de agradar importantes autoridades do Judiciário, como Gilmar Mendes. Gonet já foi sócio de Gilmar em Brasília em uma instituição de ensino e ambos já escreveram livros juntos.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado

Uma experiente fonte do MPF avaliou que a eventual escolha de Gonet mesmo fora da lista tríplice preparada pela associação dos procuradores poderia ajudar a melhorar o ambiente interno após a questionada gestão de Aras.

A fonte disse que ele circula por diversas alas do MPF, gozando de respeito técnico e pessoal na instituição.

Um outro grupo, no entanto, afirma que o procurador eleitoral é excessivamente ligado a Gilmar Mendes e que nunca teve destaque na carreira.

Além disso, ao longo do processo de escolha do próximo PGR, voltou à tona o fato de que Gonet tentou conquistar o posto no governo Bolsonaro, contando com defesa forte da deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF).

Lula já deixou claro, desde a eleição, que não escolheria um nome da lista tríplice preparada pelos procuradores, rompendo uma tradição inaugurada por ele mesmo de escolher o primeiro nome.

Escaldado pela atuação da PGR na Lava Jato, que o levou à prisão, o presidente quer um nome “mais confiável”, mas quer analisar bem as credenciais do indicado.

A indicação dos procuradores-gerais tem sido uma das principais escolhas feitas pelos presidentes da República nas duas últimas décadas.

Cabe ao chefe do Ministério Público Federal (MPF) promover investigações criminais contra o próprio presidente, deputados e senadores, além de questionar atos do governo perante o Supremo.

As gestões federais petistas passadas foram alvo de várias investigações de escolhidos pelo próprio Lula e pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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