O Google (GOOG; GOOGL) deve enfrentar um julgamento sobre a alegação das autoridades de defesa da concorrência dos Estados Unidos de que o gigante das buscas na internet domina ilegalmente o mercado de tecnologia de publicidade online, decidiu uma juíza nesta sexta-feira.
A juíza distrital dos EUA Leonie Brinkema, em Alexandria, Virgínia, negou apelação do Google durante uma audiência.
O Google defendia que as leis antitruste não impedem as empresas de se recusarem a negociar com rivais e que os reguladores não haviam definido com precisão o mercado de tecnologia de anúncios.
Os documentos do tribunal não especificaram as razões apresentadas pela juíza na audiência. Moções como a que o Google apresentou só são concedidas quando um juiz determina que não há disputa de fato para enviar a julgamento.
Brinkema deve presidir o julgamento do caso em 9 de setembro.
“Estamos ansiosos para esclarecer os fatos”, disse um porta-voz do Google. Um porta-voz do Departamento de Justiça não quis comentar.
O Departamento de Justiça e uma coalizão de Estados norte-americanos processaram o Google alegando que a empresa monopoliza ilegalmente a publicidade digital e cobra a mais dos usuários.
A ação judicial busca principalmente desmembrar o negócio de publicidade digital do Google para permitir maior concorrência.
Nesta sexta-feira, os reguladores dos EUA convenceram Brinkema a impedir que um ex-agente do FBI, que atuou como consultor de segurança digital para o Google, testemunhasse como especialista no julgamento.
OA empresa argumentou que os acordos de divisão de receitas são legais e que investiu pesadamente para manter competitivos seus negócios de busca e publicidade.
Ele também disse que, se as pessoas estiverem insatisfeitas com os mecanismos de pesquisa padrão, elas podem mudar, e o fazem, para outro provedor de pesquisa.