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Governo Biden pede que Suprema Corte revise leis sobre redes sociais

Apoiadores das leis, aprovadas em 2021, argumentam que as plataformas de redes sociais silenciaram vozes conservadoras

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: ReproduçãoREUTERS/Yves Herman)

O governo do presidente norte-americano, Joe Biden, pediu que a Suprema Corte do país analise leis dos Estados do Texas e da Flórida, ambas apoiadas pela oposição republicana, que estariam prejudicando os esforços das plataformas de redes sociais para retirar do ar conteúdos classificados como ofensivos.

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Os Estados classificam tais ações  como censura inadmissível.

Os ministros da maior corte dos EUA avaliam a possibilidade de julgar dois processos impetrados por grupos da indústria tecnológica como o NetChoice, cujos membros incluem a Meta Platforms Inc , a Alphabet Inc , e a X, anteriormente conhecida como Twitter.

Apoiadores das leis, aprovadas em 2021, argumentam que as plataformas de redes sociais silenciaram vozes conservadoras. Já os defensores da moderação de conteúdos dizem que é preciso combater a desinformação e o extremismo.

A Flórida quer que a lei volte a valer, após uma corte inferior decidir contra a regra. Os grupos que envolvem as redes sociais entraram com recurso contra outra decisão de um juiz que manteve a lei do Texas, derrubada pela Suprema Corte em um estágio anterior do caso.    Convidado a comentar a disputa, o Departamento de Justiça disse nesta segunda-feira que os processos merecem revisão porque as leis ferem o direito das plataformas garantido pela Primeira Emenda da Constituição, que versa sobre a liberdade de expressão.

“Quando uma plataforma de redes sociais seleciona, edita e organiza discursos de terceiros para apresentar ao público, está realizando uma atividade protegida pela Primeira Emenda”, afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.

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Os processos irão servir de teste para o argumento dos grupos da indústria de que a Primeira Emenda protege o poder editorial discricionário das plataformas e proíbe os governos de forçá-las a publicar conteúdos contra a sua vontade.

Segundo elas, sem essas ações as redes ficariam cheias de spams, comentários ofensivos, extremismos e discursos de ódio.

A lei da Flórida exige que grandes plataformas “mantenham publicados conteúdos que elas preferiam não manter”, divulgando regras de censura e proibindo que suspendam candidatos a cargos políticos. A lei do Texas proíbe o banimento de usuários com base em “pontos de vista”. 

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