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Governo Central tem déficit de R$ 9,283 bi em julho

No acumulado do ano até julho, o Governo Central registrou déficit de R$ 77,858 bilhões, o pior resultado desde julho de 2023

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Prédio do Tesouro Nacional

As contas do Governo Central registraram déficit primário em julho, conforme divulgação realizada nesta quinta-feira, 5, pelo Tesouro Nacional.

No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 9,283 bilhões. O resultado sucedeu o déficit de R$ 38,836 bilhões em junho.

O saldo que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central foi o pior desempenho em termos reais para o mês desde 2023 a série histórica do Tesouro foi iniciada em 1997.

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Em julho de 2023, o resultado havia sido negativo em R$ 35,921 bilhões, em valores nominais.

O resultado negativo do mês passado veio mais intenso do que mediana das expectativas do mercado financeiro. A mediana apontava um déficit de R$ 7,135 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast, que trazia um intervalo que ia de déficit de R$ 12,2 bilhões a superávit de R$ 200 milhões.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou que o resultado divulgado pelo Tesouro viria próximo das projeções e do cálculo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que previa que o déficit primário para o mês fecharia em R$ 8,5 bilhões.

Acumulado

No acumulado do ano até julho, o Governo Central registrou déficit de R$ 77,858 bilhões, o pior resultado desde julho de 2023. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era negativo em R$ 79,154 bilhões, em termos nominais.

Em julho, as receitas tiveram alta de 9,5% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado, houve alta real de 8,6%. Já as despesas caíram 6% em julho, já descontada a inflação. No acumulado destes sete meses, a variação foi positiva em 7,8%.

Em 12 meses até julho, o Governo Central apresenta déficit de R$ 233,3 bilhões, equivalente a 2,04% do PIB . Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos.

No acumulado dos últimos 12 meses até julho, as despesas obrigatórias somaram 18,3% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram 1,9% em relação ao PIB no mesmo período.

Para 2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço.

O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano.

No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em julho, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 28,8 bilhões nas contas deste ano, equivalentes a 0,25% do PIB.

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Composição

As contas do Tesouro Nacional, incluindo o Banco Central registraram um superávit primário de R$ 13,173 bilhões em julho, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro.

No ano, o superávit primário acumulado nas contas do Tesouro Nacional (com BC) é de R$ 142,820 bilhões.

Já o resultado do INSS foi deficitário em R$ 22,456 bilhões no mês retrasado. No acumulado de 2024 até julho, o resultado foi negativo em R$ 220,678 bilhões.

As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 327 milhões em julho e déficit de R$ 596 milhões nos sete primeiros meses de 2024.

(Com Estadão Conteúdo)

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