Home Economia e Política Governo pagará incentivo de R$ 40 por assento em voo internacional

Governo pagará incentivo de R$ 40 por assento em voo internacional

Para pleitear o recurso, a companhia tem que garantir um crescimento dos voos, em comparação à da temporada 2023/2024

por Agência Gov
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Aeronave da AeroMexico, no aeroporto de Guarulhos (SP)

Nesta quarta-feira (20/3), foi publicado, no Diário Oficial da União (DOU), o primeiro edital do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), iniciativa que prevê a realização de parceria público-privada com as companhias aéreas e aeroportos para a ampliação no número de assentos e voos internacionais com destino ao Brasil.

O programa é executado pela Embratur, com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) de parceria entre os ministérios do Turismo e o de Portos e Aeroportos. Nesta primeira fase, de testes e ajustes da nova ferramenta de atração de voos, a previsão de investimento é de ao menos R$ 7 milhões, sendo metade custeado com recursos públicos.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participou da cerimônia de lançamento e destacou que o Brasil tem é uma grande janela de oportunidades com o mercado internacional.

“A cada quatro turistas que chegam no País, nós estamos falando em um emprego que é gerado para a população brasileira. Eu digo sempre que o emprego sem dúvida alguma é o maior programa social do Brasil, é isso que traz dignidade e traz felicidade para as pessoas”.

Costa Filho ainda reforçou que o Brasil vive o momento de fortalecimento da reestruturação da aviação brasileira. “Nós temos um volume de investimentos nesses próximos 4 anos, 5 anos, de quase R$ 10 bilhões de investimentos, isso será fundamental para o Brasil, nós estamos trabalhando para cada vez mais ao lado das concessões”.

O ministro ainda reforçou que a expectativa é que esse ano o Brasil cresça cerca de 16% no turismo internacional. “Com programas como esse, a gente quer trazer voos internacionais, turistas internacionais para visitar o Brasil e na hora que o turista chega, é emprego que são gerados, é desenvolvimento e é geração de oportunidades para o povo do nosso País”, finalizou.

A secretaria-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, destacou o Programa vai posicionar o Brasil entre os líderes do turismo em todo o mundo. “Todo esse trabalho vai favorecer que atingimos a meta de receber milhões e milhões de turistas até 2026. Mas mais do que isso, é incrementar o poder do turismo para gerar trabalho, emprego, renda e inclusão social” disse.

O programa

O edital público do Pati convida as companhias aéreas e aeroportos (em parceria com as companhias) a lançarem novos voos internacionais com destino ao Brasil, e apresentarem propostas de investimento em promoção destes novos voos, com ações como campanhas publicitárias no País de origem dos voos e realização de viagens promocionais com jornalistas, influenciadores digitais e operadores de turismo estrangeiros no destino dos voos, dentre outras possibilidades.

A contrapartida da Embratur é financeira: com recursos do Fnac, a Agência vai custear parte das ações de promoção destas novas rotas aéreas. Serão R$ 40 por cada assento em novo voo que pouse no Brasil durante o período de 27 de outubro de 2024 a 29 de março de 2025. O edital prevê pontuações.

Presidente da Embratur, Marcelo Freixo lança o PATI junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e a secretária executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes
Presidente da Embratur, Marcelo Freixo lança o PATI junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e a secretária executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado Lopes (Imagem: Renato Vaz/Embratur)

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou o turismo internacional no Brasil está intrinsecamente associado a um fator de mercado, que é a conectividade aérea. “Não adianta o crescente interesse internacional em conhecer o Brasil se não houver voo direto ou com conexões curtas, em preço competitivo. Com esse programa, adaptamos para nossa realidade as melhores práticas internacionais de atração de novos voos”, explicou.

Indução de novos voos

Para pleitear o recurso, a companhia tem que garantir um crescimento da malha aérea, em comparação à da temporada 2023/2024, e os recursos estarão vinculados aos novos assentos. O edital também estabelece critérios que privilegiam voos que decolem de países considerados “mercados estratégicos”, porque já emitem uma grande quantidade de turistas para o Brasil ou porque são grandes emissores internacionais, ainda que não possuam atualmente grande relevância para o turismo do país.

É o caso, por exemplo, da Alemanha e da China, segundo e terceiro maiores emissores de turistas no mundo, mas que ocupam apenas a oitava e a vigésima posição entre os que mais visitam o Brasil, respectivamente. Em 2023, mais de 60% dos turistas alemães que visitaram o Brasil vieram em voos com conexão em outros países da Europa, o que evidencia a baixa conectividade com este país. Já os voos da China para o Brasil retomarão apenas em maio deste ano.

Como forma de induzir a ampliação da conectividade entre a maior quantidade de países, com voos diretos para diferentes destinos no Brasil, também serão privilegiadas para participar do Pati as propostas de criação de rotas que decolem de aeroportos que não tem voo direto para o Brasil, ou de países que não tem voo direto para o aeroporto brasileiro.

A frequência semanal maior do voo também é premiada com maior pontuação, assim como a conveniência do horário de chegada e partida, com preferência para o intervalo entre às 9h e às 18h, mais atrativo para os turistas que chegam ao país. Por fim, serão melhor ranqueadas as propostas que usarem aeronaves mais modernas, que emitem menos carbono na atmosfera, e as empresas que assumiram acordos de alcance para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, com políticas de sustentabilidade e meio ambiente, combate ao tráfico de pessoas, atendimento à mulher, inclusão social e diversidade.

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