O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025, apresentado nesta sexta-feira, 30, no Congresso pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano será de 2,64%. No projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo ano, enviado ao Congresso em abril e ainda não aprovado, a previsão era de 2,80%. No último Relatório Focus, os economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central estimaram um crescimento de apenas 1,86% na economia no próximo ano.
A projeção da PLOA para a inflação medida pelo IPCA em 2025 é de 3,30%, ante 3,10% estimado no PLDO e 3,93% no Focus. O INPC – parâmetro usado para a correção do salário mínimo – para 2025 será de 3,5%. No PLDO, a estimativa era de 3,00%. Como o Broadcast já mostrou, o salário mínimo em 2025 será de R$ 1.509,00. Na proposta de diretrizes orçamentárias, a estimativa era de R$ 1.502,00. O valor representa um aumento total de 6,9% em relação ao salário mínimo de R$ 1.412,00 em vigor desde maio deste ano.
Já para o IGP-DI de 2025, a previsão é de 4,00% na proposta de Orçamento, mesmo patamar previsto no PLDO.
A estimativa da equipe econômica para a taxa de juros é de que a Selic termine o ano com média de 9,61%, ante 8,05% no PLDO. No Focus, a projeção de mercado é de que a taxa básica de juros, atualmente em 10,50%, encerre 2025 em 10,00%.
O PLOA também traz a projeção de um câmbio médio de R$ 5,19 em 2025 – no PLDO, a projeção era de R$ 4,98. Para o preço médio do barril de petróleo no próximo ano, a previsão é de US$ 80,79, ante US$ 75,77 estimado em abril. Já a projeção para o crescimento da massa salarial nominal em 2025 é de 7,84%.
Em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta sexta, publicada há pouco, o presidente da República informa o encaminhamento ao Congresso Nacional do texto do projeto de lei orçamentária anual de 2025. A edição não traz a íntegra do PL, só a mensagem sobre o envio.
Confira outras informações sobre o Orçamento de 2025:
Recursos para o Ministério da Saúde: R$ 241,6 bilhões
Recursos para o Ministério da Educação: R$ 200,5 bilhões
Piso de investimento: R$ 74,3 bilhões
Novo PAC: R$ 60,9 bilhões
Despesas obrigatórias: R$ 2,71 trilhões
– Benefícios da Previdência: R$ 1,01 trilhão
– Pessoal e encargos: R$ 416,2 bilhões
– Bolsa Família: R$ 167,2 bilhões
– Transferências por Repartição de Receita: R$ 558,7 bilhões
Despesas discricionárias: R$ 229,9 bilhões
– Discricionárias do Poder Executivo: R$ 178,5 bilhões
– Reserva para emendas parlamentares impositivas: R$ 38,9 bilhões
– Discricionárias dos outros poderes: R$ 12,4 bilhões
(Com Estadão Conteúdo)