O GPA (PCAR3), dono da bandeira Pão de Açúcar, avalia que pode eventualmente ficar acima da previsão de margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada de 8% a 9% em 2024, diante de uma possível estabilização na inflação de alimentos e continuação no processo de reestruturação da companhia.
O grupo está focado em se concentrar exclusivamente em varejo alimentar “premium”, eliminando operações que incluem rede de postos de combustível e mesmo participações internacionais.
“Acreditamos que poderíamos ir adiante do que colocamos como ‘guidance’ de margem”, afirmou o vice-presidente financeiro, Rafael Russowsky, em evento do GPA para analistas e investidores.
“Não estamos buscando estacionar a companhia em 8% e 9%, mas otimizar ao máximo possível a operação. Hoje estamos operando em nível subótimo de margem”, disse o executivo. No terceiro trimestre, a margem Ebitda do GPA foi de 7%, avanço sobre os 5,8% de um ano antes.
Corporation?
Questionado sobre rumores da véspera no mercado de que o GPA poderia se tornar uma empresa sem controlador definido, uma “corporation”, o presidente-executivo, Marcelo Pimentel, negou as especulações.
Atualmente, o GPA tem como principal acionista o francês Casino, com 40,9% de participação, que está em reestruturação após negociar injeção de capital junto a um grupo liderado pelo bilionário tcheco Daniel Kretinsky.
“Não teve nada de novo…É especulação…Nenhuma correlação com movimentação específica”, disse Pimentel. Na véspera, as ações do GPA saltaram mais de 12%. Os papéis avançavam 4,2% às 13h desta quarta-feira