Em um movimento estratégico, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) (PCAR3) anunciou na noite de ontem (10/12) o início de esforços preliminares para uma potencial oferta primária de ações, estimada em R$ 1 bilhão.
A empresa contratou bancos para avaliar a viabilidade dessa transação, que, se bem-sucedida, será direcionada para redução da alavancagem da companhia.
Além disso, o GPA propôs uma nova composição do Conselho, sujeita ao fechamento da oferta primária, com nove membros, sendo seis independentes, dos quais três já fazem parte do atual conselho.
A Ágora Investimentos analisa o contexto, considerando o atual controlador do GPA, o Casino, que possui 40,9% de participação nas ações.
O Casino expressou anteriormente a intenção de desinvestir de todos os ativos sul-americanos, incluindo o GPA. Dessa forma, a Ágora considera improvável que o Casino avance com essa oferta primária.
Desempenho das ações do GPA em relação ao Ibovespa em 1 ano
No entanto, a possível injeção de R$ 1 bilhão poderia melhorar a atual estrutura desequilibrada de capital do GPA, proporcionando uma diluição potencial de cerca de 50% para os acionistas.
Recomendação
A Ágora Investimentos destaca a necessidade de uma oferta primária, indicando que o atual plano de recuperação do GPA pode não ser suficiente para equilibrar sua estrutura de capital.
Diante desse cenário, a recomendação da Ágora é neutra, mantendo um tom cauteloso e estabelecendo um preço-alvo de R$ 4,50 para o final de 2024.