O GPA (PCAR3), Grupo Pão de Açúcar, realizou seu Investor Day, destacando avanços e perspectivas para 2024. No panorama de 2023, a empresa ressaltou conquistas significativas em seu processo de turnaround desde o 1º trimestre de 2022.
Redução de sortimento em 12%, menor nível de ruptura (5,8%), ganhos de participação no mercado, conquista de 50% de participação em perecíveis, avanços no e-commerce, redução de custos por meio de orçamento-base zero, e reestruturação do escritório foram pontos destacados pelos executivos, impulsionando margens e melhorando negociações.
Para 2024, o GPA delineou suas perspectivas para cada uma de suas bandeiras. No Pão de Açúcar, a empresa visa consolidar o modelo de negócio estruturado em 2023, com investimentos em buffet self-service e frutas e legumes processados. Para o Extra, o objetivo é implementar os acertos realizados no Pão de Açúcar.
Desempenho das ações do GPA em relação ao Ibovespa em 1 ano
O GPA enfatiza a unificação de marcas e ofertas, a penetração de perecíveis, e a melhoria em rupturas e sortimentos. Nas proximidades, o foco em perecíveis continua a ser uma estratégia rentável, com a inauguração de novas unidades.
Um dos pontos mais aguardados era o compromisso com a desalavancagem. O GPA está empenhado em reduzir sua alavancagem até 2024, destinando recursos da venda de ativos não essenciais para esse fim.
Com uma alavancagem atual de 5,9x considerando o passivo de arrendamento, a empresa estima atingir 3,9x em 2024 após o recebimento do pagamento por ativos vendidos. Quanto à rentabilidade, a estimativa é de uma margem EBITDA entre 8% e 9% para 2024, refletindo o crescimento da receita e a redução de custos e despesas.
Recomendação
A análise da Ativa Investimentos destaca que o GPA apresentou um panorama positivo de seu processo de turnaround, indicando que o pior já passou em termos operacionais.
Com a recuperação da rentabilidade e geração de caixa livre, a empresa concentra esforços em perecíveis, gerenciamento de estoques, sortimento e rupturas.
A previsão de margem EBITDA entre 8% e 9% para 2024 também é bem recebida. Apesar da boa recuperação gradual, a recomendação permanece neutra, considerando que a empresa continua em fase de reestruturação.