O maior sindicato de petroleiros da Argentina afirmou neste sábado que fará uma greve de 48 horas a partir de terça-feira para exigir salários mais altos, um movimento que afetará a produção na formação de petróleo não convencional de Vaca Muerta.
A formação de hidrocarbonetos Vaca Muerta é a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo e a quarta maior de óleo de xisto, e desempenha um papel central no plano da Argentina de reverter um déficit significativo em sua balança comercial de energia e se tornar um exportador líquido.
O Sindicato dos Trabalhadores Privados de Petróleo e Gás de Río Negro, Neuquén e La Pampa as províncias onde Vaca Muerta está localizada disse que convocou a greve depois que as negociações com as empresas fracassaram.
O protesto ocorrerá na próxima terça-feira, de acordo com um comunicado à imprensa.
“Tentamos nos sentar, entender, conversar, chegar a um acordo, mas eles nos trouxeram as mesmas propostas de um ano e meio atrás, a mesma coisa sobre a qual conversamos há quatro meses”, disse o secretário geral do sindicato, Marcelo Rucci.
“Temos a predisposição para dialogar e discutir. Agora, o que não temos é tempo para que eles nos desrespeitem.”
Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quinta-feira que o governo está avaliando a possibilidade de trazer gás argentino de Vaca Muerta por meio de uma rota que passa pelo Paraguai.
“Ao invés de o gás chegar à Bolívia e entrar no Brasil, poderia também ter uma outra rota, outra possibilidade, de vir pelo Paraguai… O que nos pareceu algo extremamente viável num primeiro momento, mas é claro que é algo incipiente”, afirmou o ministro a jornalistas após participação em evento do setor.
Não ficou claro quem arcaria com os custos do gasoduto.