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Guerra por talentos está acirrada no mercado financeiro

A digitalização do mercado financeiro, impulsionada pelo Open Banking, aumentou a competitividade

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Sala de ações da XP Investimentos

O novo Guia Salarial 2025 da Robert Half, em sua 17ª edição, traz insights sobre as áreas mais demandadas e as competências essenciais para profissionais do Mercado Financeiro. Com o mercado de trabalho aquecido e a taxa de desemprego em queda, bancos de investimentos, meios de pagamento, fintechs e fundos de private equity lideram as contratações. Segundo o relatório, áreas como compliance, crédito e risco, comercial, e fusões e aquisições se destacam na busca por talentos.

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“A digitalização do mercado financeiro, impulsionada pelo Open Banking, aumentou a competitividade. Daqui para a frente, o consumidor poderá avaliar e escolher, com mais clareza, a instituição financeira que lhe oferecer a melhor experiência. Organizações que não se adaptarem ficarão para trás”, explica Sara Santos, gerente da Robert Half. Essa transformação tem levado a uma alta demanda por especialistas que possam garantir a conformidade com regulações e melhorar a segurança e eficiência das operações.

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Com o cenário de desemprego baixo, a “guerra por talentos” também está acirrada. No Brasil, o índice de desocupação entre profissionais com ensino superior completo gira em torno de 3,5%, um patamar próximo ao pleno emprego. Em meio a essa escassez, a busca por competências adicionais, como domínio de idiomas, tornou-se prioridade. “Hoje, o inglês é essencial, mas há uma crescente demanda por fluência em outros idiomas, visando a comunicação global e o atendimento a filiais em outros países”, destaca Santos.

Além da língua, a transformação digital e a inteligência artificial continuam a remodelar o setor financeiro. Ana Carla Guimarães, diretora de recrutamento executivo da Robert Half, ressalta que “há uma sinergia interessante entre a força humana e a inteligência artificial no mercado financeiro. Profissionais competentes não precisam se preocupar, pois nada funciona sem um input humano correto. As tecnologias estão ajudando a monitorar transações e detectar fraudes em tempo real”. Ainda que o domínio completo de IA não seja obrigatório, a disposição para aprender é essencial para quem busca se destacar.

Modelos

A Robert Half também aborda a indefinição nos modelos de trabalho. A preferência entre o presencial e o híbrido ainda divide opiniões, tanto das empresas quanto dos profissionais.

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“Várias instituições estão retomando o modelo presencial, mas muitos bancos de investimentos mantêm o híbrido devido aos resultados positivos. Para quem adota o presencial, será necessário criar novas estratégias para atrair profissionais”, comenta Sara. Segundo Guimarães, o contato presencial ainda é valorizado pelos executivos, especialmente para manter a cultura organizacional e o impacto nas operações.

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O guia detalha também as profissões mais promissoras no setor financeiro. No segmento de fusões e aquisições, posições como Associate de M&A e Diretor de Finanças estão em alta. Na área de risco, há demanda por gerentes e vice-presidentes especializados, enquanto compliance e auditoria ganham importância em um cenário regulatório mais rígido. Habilidades técnicas como gestão de riscos e conhecimento em regulamentação financeira são prioritárias, assim como certificações como CFA, CFP e ESG.

Salários

Esse contexto de digitalização e exigências cada vez maiores reforça a necessidade de inteligência emocional, pensamento crítico e gestão de stakeholders, habilidades comportamentais que despontam como diferenciais para profissionais do setor. Para 2025, as remunerações para essas posições no mercado financeiro mostram-se atrativas, com salários para um diretor de finanças variando de R$ 28.340 a R$ 43.310, enquanto um gerente de crédito e risco pode ganhar entre R$ 25.160 e R$ 38.480.

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