As principais ações de mineração tiveram desempenho inferior ao da criptomoeda no acumulado do ano, com quedas de até 37%, mesmo com uma alta de 42% do Bitcoin (BTCUSD).
Segundo a Bitwise, maior gestora de fundos de índice dos EUA, isso é reflexo direto da queda na recompensa da mineração do Bitcoin.
Espera-se que o halving reduza a taxa de inflação anual do bitcoin de 1,73% para 0,85% como resultado da redução nas recompensas de novos blocos de 6,25 para 3,125.
“Ao preço atual do bitcoin, isso implica US$ 11,6 bilhões em nova oferta anual removida do mercado”, explicam Juan Leon e Matt Hougan, analista sênior e CIO da Bitwise, respectivamente.
Segundo eles, 2024 parece um forte ano que antecedeu o halving, com o bitcoin aumentando até 67% (até o final de março), o volume spot crescendo 106,16% e a receita total das mineradoras aumentando 34,87% até o final do primeiro trimestre.
“As estimativas de crescimento das receitas para 2024 são robustas, variando entre 66% e 89,23%, e os balanços parecem suficientemente fortes para suportar a queda das receitas”, ressaltam.
Receita dos principais mineradores antes e depois do halving em 2020
A Bitwise lembra que o custo médio para extrair um bitcoin variou de US$ 14.578 a US$ 22.249 no trimestre mais recente, proporcionando-lhes almofadas confortáveis mesmo no caso de uma queda adicional no preço.
A redução pela metade é a pedra angular do design monetário do bitcoin, programada para garantir a escassez e controlar a inflação. Reforça a proposta de valor do bitcoin como reserva de valor, ao mesmo tempo que alinha os incentivos da rede à sustentabilidade a longo prazo.
“Apesar dos desafios que os halvings representam, os casos passados foram seguidos por um aumento de interesse, valorização de preços e adoção, tanto para o próprio bitcoin quanto (com um atraso) para os mineradores de bitcoin”, explicam Leon e Hougan.