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Hypera prevê impulso com gripe e competição no 2º semestre

A temporada de gripe deste ano está impulsionando as vendas de medicamentos, com alta de 10% em julho

por Reuters
3 min leitura
Hypera

A Hypera (HYPE3) deve continuar com política de desconto maior nos preços de medicamentos genéricos e similares no segundo semestre, diante de um cenário de competição mais prolongado do que o esperado, afirmaram executivos da maior fabricante de medicamentos do Brasil nesta sexta-feira.

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“Devemos continuar com nível de desconto maior no segundo semestre”, disse o diretor de relações com investidores da companhia, Adalmario Satheler do Couto, em conferência com analistas, após a publicação do resultado do segundo trimestre na noite da véspera.

“Estamos sendo mais agressivos nos genéricos e similares, que têm política de desconto comercial mais agressivo…para mantermos nosso market share ou mesmo ganhar”, acrescentou.

Apesar do custo de manter a política mais agressiva por mais tempo que o esperado, o presidente-executivo, Breno de Oliveira, comentou que isso não deve gerar impactos relevantes na margem da empresa, uma vez que as categorias de genéricos são 15% do portfólio de produtos da Hypera, que incluem dipirona.

Segundo Oliveira, a temporada de gripe deste ano está impulsionando as vendas de medicamentos, com alta de 10% em julho frente a um cenário mais estável no primeiro semestre.

Mas a empresa deve estender do final deste ano até o início de 2025 a estratégia de redução de estoques de insumos.

Por outro lado, com a apreciação do dólar frente ao real dos últimos meses, o impacto do câmbio sobre os custos deve ser mais sentido ano que vem, disse Couto, que citou que a Hypera projetava um cotação de 5,10 reais por dólar para este ano.

“Se permanecer nesse nível o câmbio, temos que ver qual o reajuste” nos preços dos medicamentos ano que vem”, afirmou.

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Às 12h05 desta sexta-feira, o dólar era cotado acima de 5,65 reais.

Questionado sobre crescimento inorgânico, Oliveira afirmou que o cenário de queda de juros, aliado a portfólios maduros de medicamentos que tendem a ser vendidos por farmacêuticas internacionais, “abre espaço” para a Hypera voltar a considerar aquisições de ativos.

“Vemos bastante oportunidade de crescimento” em marcas fortes de OTC (que não necessitam de receita média), disse o executivo.

Na bolsa paulista, as ações da Hypera eram negociadas em alta de 2,44%, a 28,58 reais, tendo tocado a máxima da sessão (28,89 reais) após a conferência sobre o resultado. Mais cedo, os papéis chegaram a recuar 1,9%, quando bateram a mínima do pregão, a 27,38 reais.

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