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Hypera vê crescimento de um dígito alto em vendas “sell out” no 1º tri

Analistas do Itaú BBA consideraram que os resultados da Hypera no quarto trimestre ficaram "bem abaixo das nossas expectativas", embora tenham visto sinais de um início de ano melhor para a empresa

por Reuters
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A Hypera (HYPE3), maior grupo farmacêutico do país, viu vendas no primeiro bimestre nos canais entre farmácias e consumidores crescendo “dois dígitos baixos” sobre um ano antes, mas uma desaceleração sazonal em março deve fazer o trimestre encerrar com crescimento de um dígito alto, afirmou o presidente-executivo da companhia, Breno de Oliveira, nesta quinta-feira.

“Com o ajuste de março, o acumulado do trimestre deve ser ‘high single digit'” para o chamado “sell out”, afirmou o executivo em conferência com analistas, após a publicação na noite da véspera dos resultados da companhia no quarto trimestre, que mostraram queda de 28,7% no lucro líquido do período sobre um ano antes.

O executivo explicou que o crescimento “mais forte” no primeiro bimestre está dentro do esperado pela companhia diante de uma base de comparação mais fraca com um ano antes e que em março a desaceleração decorre de um reajuste menor nos preços dos medicamentos além de um período de dias úteis de comercialização também menor que um ano antes.

Segundo Oliveira, em 2023, o reajuste dos medicamentos foi de 5,5% em março e este ano é de 4,5%, o que gera “tendência menor de estocagem dos clientes” ante do aumento. Apesar disso, ele afirmou que depois do crescimento do mercado farmacêutico brasileiro em 10% em 2023, o setor deve continuar crescendo “nesse patamar no médio prazo”.

Por sua vez, o diretor de relações com investidores da companhia, Adalmario Couto, afirmou que a Hypera espera um “sell in”, a venda para as farmácias e clientes empresariais da companhia, “seja mais fraca no primeiro semestre, sendo mais forte no segundo, o inverso do que aconteceu em 2023”.

Às 14h35, as ações da Hypera, que detém marcas de medicamentos como Dramin, Buscopan, Coristina e Neosaldina, tombavam 3,8%, a 32,75 reais, enquanto o Ibovespa mostrava queda de 0,6%.

Analistas do Itaú BBA consideraram que os resultados da Hypera no quarto trimestre ficaram “bem abaixo das nossas expectativas”, embora tenham visto sinais de um início de ano melhor para a empresa.

Já a equipe do BB Investimentos comentou que a maior exposição da farmacêutica à categoria de antigripais pesou no resultado, fazendo a empresa ficar abaixo da projeção de desempenho para o ano.

Na teleconferência, Oliveira afirmou que a Hypera está “um pouco mais cautelosa” sobre a temporada de inverno no Brasil este ano, diante das incertezas geradas pelo fenômeno El Niño sobre o clima.

Questionado sobre a explosão de casos de dengue no Brasil, que tenderia a elevar a procura por medicamentos antitérmicos e para dor, o presidente da Hypera afirmou que a companhia ainda “não viu grande impacto em nosso portfólio”.

O executivo afirmou ainda que o nível de competição no segmento de genéricos cresceu, “mas por conta do nível de estoque dos concorrentes que leva a uma pressão sobre algumas moléculas e faz com que busquem uma venda maior para evitarem descartes”.

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