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Ibovespa recua de olho no exterior

Às 10:02, o Ibovespa caía 0,03 %, a 115.020,08 pontos

por Reuters
3 min leitura
. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento mais curto, em 18 de outubro, recuava 0,58%, a 114.870 pontos

O Ibovespa (IBOV) recuava nesta terça-feira, acompanhando o movimento de mercados no exterior, em mais uma sessão de alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, sem trégua na preocupação com um potencial cenário de juros restritivos por um período prolongado nos Estados Unidos.

Às 10:31, o Ibovespa caía 0,37%, a 114.629,10 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 115.055,63 pontos. Na mínima, a 114.445,66 pontos. O volume financeiro somava 1,1 bilhão de reais.

“A perspectiva de que os juros se manterão elevados por um longo período nos Estados Unidos, os sinais de desaceleração da economia global e a crise estrutural do setor imobiliário chinês pesam sobre os negócios nesta manhã”, observaram economistas do Bradesco liderados por Fernando Honorato.

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Eles acrescentaram que as atenções dos investidores continuam voltadas para o fluxo de indicadores da economia norte-americana, em particular sobre o mercado de trabalho, que veem como peça chave para o Federal Reserve determinar seus próximos passos de política monetária.

“Acreditamos que o ciclo de alta de juros foi encerrado. No entanto, a sinalização do Fed, corroborada pelo comportamento da atividade econômica, sugere que o espaço para cortes no ano que vem reduziu-se de maneira relevante”, afirmaram em nota enviada a clientes.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava nos primeiros negócios, enquanto os rendimentos dos Treasuries de 10 e 30 anos orbitavam máximas desde o 2007, antes de dados de agosto sobre as vagas de emprego em aberto (relatório JOLTS) nos EUA, previstos para as 11h (horário de Brasília).

No Brasil, dados divulgados mais cedo pelo IBGE mostraram que a produção nacional cresceu menos do que o esperado em agosto, com expansão de 0,5% sobre o mesmo mês do ano passado e acréscimo de 0,4% ante julho. As expectativas apontavam crescimento de 0,8% e de 0,5%, respectivamente.

Destaques

Vale (VALE3) caía 0,93%, a 66,37 reais, ainda sem o referencial dos preços de minério de ferro na China em razão de feriado naquele país.

Petrobras (PETR4) recuava 0,26%, a 34,03 reais, em dia de variação modesta dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent negociado em alta de 0,1%. O Ibama confirmou na segunda-feira a emissão de licença ambiental para que a empresa perfurar na Margem Equatorial. Após a obtenção da licença, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras disse à Reuters que a companhia deverá investir cerca de 300 milhões de dólares na perfuração de dois poços exploratórios da Bacia Potiguar

Itaú (ITUB4) cedia 0,56%, a 26,79 reais, e Bradesco (BBDC4) perdia 0,60%, a 14,00 reais, com agentes financeiros ainda monitorando eventuais mudanças no ambiente tributário que possam afetar os resultados dos bancos.

SLC agrícola (SLCE3) mostrava queda de 0,56%, a 38,78 reais, tendo ainda como pano de fundo projeções para a safra 2023/24 com expectativa de estabilidade na área plantada total, mas queda no custo médio por hectare.

PRIO (PRIO3) recuava 1,48%, a 44,73 reais, com agentes também repercutindo dados operacionais preliminares de setembro, que mostraram que a produção alcançou 102.718 barris de óleo equivalente por dia (boepd). No terceiro trimestre, a produção ficou em 99.910 boepd.

Casas Bahia (BHIA3) operava estável, a 0,63 real, com as atenções voltada à assembleia de detentores da 20ª emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) da Opea Securitizadora, na qual credores podem pedir vencimento antecipado dos títulos, o que significaria antecipação de debêntures da Casas Bahia que servem de lastro. Os CRIs representam 400 milhões de reais. O evento “será crucial para definir a saúde financeira de Casas Bahia a partir daqui”, afirmou a Genial Investimentos.

Suzano (SUZB3) subia 2,86%, a 55,77 reais, endossada por relatório de analistas do JPMorgan elevando a recomendação para os papéis a “overweight”, bem como o preço-alvo — de 50 para 69,50 reais. Eles também aumentaram o preço-alvo para os papéis da Klabin, de 24 para 27 reais, mas reiterara recomendação “neutra”. Klabin (KLBN4) avançava 1,38%, a 24,19 reais.

Embraer (EMBR3) perdia 0,76%, a 17,02 reais. Trabalhadores do complexo industrial da companhia em São José dos Campos (SP) entraram em greve nesta terça-feira, após rejeitarem oferta de reajuste salarial feita pela fabricante de aviões, afirmou o sindicato local. A Embraer afirmou que as operações em São José dos Campos estão normais.

Gol (GOLL4) recuava 1,73%, a 6,24 reais, tendo também no radar notícia de que a Petrobras elevou o preço médio do querosene de aviação (DAV) às distribuidoras. No setor, AZUL PN mostrava declínio de 0,15%, a 13,57 reais.

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