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Ibovespa cai após alta de 6,54% em agosto

Na sexta-feira, 30, o Ibovespa terminou a sessão em baixa de 0,03%, aos 136.004,01 pontos

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Ásia

Incertezas renovadas quanto ao ritmo de desaquecimento da economia chinesa ditam o rumo do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira, 2, que opera sem as bolsas americanas por conta de feriado nos Estados Unidos.

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O quadro no exterior é de cautela pelas divulgações da semana, como o relatório de emprego dos EUA, o payroll, que deve ajudar a quantificar o corte dos juros americanos em setembro. As bolsas europeias cedem em sua maioria, assim como ocorreu no fechamento na Ásia.

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Após abertura aos 136.003,81 pontos, com variação zero, o Índice Bovespa logo perdeu esta marca e instantes depois caiu para os 134 mil pontos. “Não tem nenhum trigger que o traga para baixo, o fluxo está se mantendo ‘ok’, é mais uma realização. Teremos varias divulgações esta semana que poderão ajudar os investidores em termos de política monetária”, diz Pedro Caldeira, da One Investimentos.

Além disso, ficam no foco dos investidores as pressões inflacionárias e fiscais no Brasil, em dia de detalhamento do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 que foi apresentado ao Congresso na sexta-feira. Os números indicam que a zeravam do déficit em 2025 é incerta.

Nesta segunda saiu uma nova revisão para cima nas expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que foi moderada, embora tenha havido arrefecimento sutil nas estimativas para 2025.

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A divulgação vem após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciar, na noite de sexta-feira, bandeira tarifária vermelha nível 2 para setembro. Em agosto, a bandeira era verde, sem cobrança de custos extras na conta de luz.

Conforme a MCM Consultores, o impacto total no IPCA é de 0,43 ponto porcentual e a projeção para o dado fechado deste ano passou de 4,1% para 4,2%. “Por ora vamos passar adotar a premissa de que a bandeira permanecerá vermelha 2 até novembro, mudando para amarela em dezembro (ante premissa anterior de bandeira verde ao final do ano), com a entrada no período úmido”, cita em nota.

Caldeira, da One, lembra que recentemente o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afastou a possibilidade de uma alta de meio ponto porcentual da taxa Selic em setembro, o que alivia um pouco a curva de juros de curto prazo.

No entanto, ressalta, a longa está avançando hoje, sugerindo avanços do juro básico à frente. “Mercado precificando que pode ter mais volatilidade”, avalia.

No noticiário, a Petrobras reduziu nesta segunda o valor do querosene de aviação (QAV) em 8,8%. Apesar do recuo, as ações da Azul no Ibovespa recuavam 14,29% às 11h. No último dia 30, cederam 24% com notícia de que a empresa estaria considerando entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, o chamado Chapter 11.

Na sexta-feira, 30, o Ibovespa terminou a sessão em baixa de 0,03%, aos 136.004,01 pontos. Ainda assim, o Índice Bovespa terminou o mês “bem na foto”, com alta de 6,54%, e foi destaque entre as maiores altas nos índices internacionais, destaca em nota o Itaú BBA.

O cenário de realização segue iminente, após o rali das bolsas de agosto, o que dá mais um capítulo para a briga entre compradores e vendedores ao redor das resistências, avalia a nota assinada por Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta do Itaú BBA.

Às 11h10, o Ibovespa tinha queda de 0,96%, aos 134.697,39 pontos, ante recuo de 1,05%, na mínima aos 134.578,81 pontos, depois de variação zero na abertura e na máxima (136.003,81 pontos). Vale perdia 1,48% e Petrobras recuava entre 0,76% (PETR4) e 0,63% (PETR3).

(Com Conteúdo Estadão)

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