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Ibovespa descola de NY e fecha em queda com fiscal sob holofote

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quarta-feira, com bancos entre as maiores pressões negativas, tendo renovado mínima à tarde

por Reuters
3 min leitura
Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quarta-feira, com bancos entre as maiores pressões negativas, tendo renovado mínima à tarde em meio à divulgação de detalhes do Orçamento de 2024, que prevê aumento de 129 bilhões de reais na despesa primária em relação a 2023.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,73%, a 117.535,1 pontos, em movimento descolado de Wall Street, onde o foco esteve voltado para dados de emprego e PIB dos Estados Unidos.

O Ibovespa chegou a flertar com o sinal positivo nesta quinta, alcançando 118.840,8 pontos na máxima da sessão. Na mínima, chegou a 117.470,87 pontos, com bancos entre as maiores pressões negativas.

A queda nesta sessão ocorre após dois dias consecutivos de alta, em que acumulou um ganho de mais de 2%. Com tal desempenho, acumula até o momento perda de 3,6% no mês.

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O volume financeiro no penúltimo pregão de agosto somou 16,72 bilhões de reais.

Em audiência na Comissão Mista de Orçamento, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024 será apresentado com meta de déficit zero e, para isso, o governo precisa ampliar a arrecadação em 168 bilhões de reais.

Ela acrescentou que a PLOA trará todas as projeções de receitas para atingir esse objetivo, incluindo medidas que ainda dependem de aprovação do Congresso. E acrescentou que eventual fracasso em medidas inviabilizará o cumprimento do déficit zero.

Conforme observou o analista da CM Capital Pedro Canto, falas de Tebet causaram um pouco de mau humor nos negócios, elevando as taxas futuras de juros com prazos mais longos, o que respingou na bolsa, pressionando ações do setor de consumo.

Mais cedo, o Tesouro Nacional havia reportado que o governo central registrou déficit fiscal primário de 35,9 bilhões de reais em julho, forte deterioração ante o saldo positivo de 18,9 bilhões de reais um ano antes e pior do que as expectativas.

No exterior, a desaceleração no ritmo de criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos em agosto e revisão para baixo do crescimento do PIB norte-americano no segundo trimestre corroboraram apostas de que o Fed deve parar, ao menos por ora, com novas altas dos juros.

Canto ressaltou que ambas as divulgações sinalizaram desaquecimento da economia, o que é visto como uma boa notícia, pois indica que a política monetária do Fed está fazendo efeito.

“Tira um pouco a pressão por novos aumentos ou juros mantidos nesse patamar elevado por mais tempo”, disse.

Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,38%.

De acordo com o analista da Rico Antonio Sanches, o desempenho das bolsas norte-americanas refletiu a esperança de que os dados mais fracos permitam que o Fed não eleve os juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc)

“Apesar de parecer contraditório, o freio na economia pode indicar a efetividade dos juros mais altos para controlar a inflação”, reforçou. O Fomc volta a se reunir em setembro.

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 1,91%, a 27,67 reais, reflexo de realização de lucros após avançar 5% nos dois pregões anteriores, conforme agentes financeiros continuam especulando sobre o destino do mecanismo de juros sobre capital próprio.

Bradesco (BBDC4) recuou 2,13%, a 15,16 reais, alta de 4,45% nas primeiras sessões da semana.

B3 (B3SA3) fechou em baixa de 2,58%, a 13,22 reais, com Tebet ressaltando ao detalhar o Orçamento de 2024 que o fracasso em medidas como a que muda regras do Carf ou a regulamentação de vitórias tributárias na Justiça inviabilizará o cumprimento do déficit zero.

CVC Brasil (CVCB3) disparou 17,09%, a 2,74 reais, ainda sob efeito da recuperação judicial da plataforma de viagens 123 Milhas na véspera.

O movimento ocorre após o papel ter renovado mínimas históricas na segunda-feira, quando ainda acumulava um declínio de quase 50% em 2023. Na terça-feira, após o pedido da 123 Milhas, as ações fecharam em alta de mais de 6%.

A CVC também divulgou na noite da véspera um programa de recompra de debêntures de 75 milhões de reais, relacionado ao aumento de capital realizado em junho pela operadora de turismo.

IRB (IRBR3) recuou 5,2%, a 45,04 reais, com realização de lucros após seis pregões seguidos de valorização, período em que acumulou alta de quase 20%.

Em relatório a clientes, analistas do Citi afirmaram que participaram do Investor Day da resseguradora, no qual a empresa reiterou a meta de retomar a fase de crescimento em 2024, embora sem fornecer um guidance, com uma companhia mais bem estruturada e que deverá entregar rentabilidade crescente.

Minerva (BEEF3) perdeu 3,48%, a 8,6 reais, revertendo a tentativa de recuperação vista mais cedo e ainda sendo penalizada pelo acordo envolvendo a compra de ativos da Marfrig, em meio a receios sobre o nível de endividamento da companhia.

Na véspera, a ação já havia desabado cerca de 18%. Marfrig (MRFG3) caiu 1,07%, a 7,37 reais, após disparar na véspera depois do anúncio das empresas feito na noite de segunda-feira.

Vale (VALE3) terminou o dia com variação positiva de 0,02%, a 64,98 reais, em dia de recuperação dos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange avançou quase 2%.

Petrobras (PETR4) subiu 0,68%, a 32,62 reais, em sessão com alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent fechou com elevação de 0,43%, a 85,86 dólares o barril.

CEMIG (CMIG4) avançou 1,53%, a 12,61 reais. Na véspera, o ministro Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o projeto proposto pelo governo de Minas Gerais para retirar a necessidade de referendo popular para privatização da Cemig se trata de uma “afronta à democracia”.

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