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Ibovespa está andando em gelo fino, mas pode abrir caminho para recorde

Após operar na semana passada com uma mínima nos 119.706 pontos e máxima nos 123.009 pontos, o Ibovespa terminou com desvalorização de 0,02%

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Gelo Fino

O Ibovespa (IBOV) iniciou esta semana com uma valorização de 1,4% (11h), ao redor dos 121.900 pontos, com apoio nas ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3), mas ainda está andado sobre um gelo fino, alertam os analistas gráficos.

A perda de um eventual suporte aos 120.700 pontos poderia abrir uma correção de intensidade nos próximos dias, mas esta formação poderia ser alterada com uma quebra “convincente” da resistência aos 122 mil pontos, que foi testada na semana passada.

Os papéis da Petrobras sobem 2,8%, a R$ 30,58, amparados em uma reação inicial positiva do mercado acerca da política de dividendos da estatal, mas que deixou algumas pontas soltas.

Já a mineradora avança 2,23% com os investidores analisando a alta de 0,54% do minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, a 841,50 iuanes, o equivalente a US$ 117,76. Além disso, o indicador PMI industrial subiu a 49,3 pontos em junho, ante uma previsão de 49.

Apesar de ainda estar em um campo de contração, a notícia pode resultar em novos estímulos monetários do governo chinês.

Ibovespa

Após operar na semana passada com uma mínima nos 119.706 pontos e máxima nos 123.009 pontos, o índice terminou com desvalorização de 0,02%, aos 120.187 pontos.

Os analistas do PagBank, Rodrigo Paz e Breno Rao, avaliam que, ao fechar neste nível estava em um patamar que agrega potencial de quedas pela frente.

“A configuração técnica sugere reversão à média de 9 períodos, com alvo inicial nos 116.500 pontos. Abaixo disso, o índice pode buscar o suporte nos 108 mil. Eventual superação dos 120.500 traçaria rumo à próxima resistência nos 131.000 pontos”, sugerem.

O pico do índice está em 131.190 pontos, atingido em 7 de junho de 2021.

“O posicionamento para a próxima semana é de cautela mediante o potencial de correção”, explicam Paz e Rao.

Leandro De Checchi, da Clear Corretora, lembra que o último movimento de alta atingiu região de alvo projetado nos 122.530 pontos e seguiu com realização aguda no curto prazo levando o índice abaixo do ponto de rompimento, o que demonstra alguma perda de força do movimento principal.

“O contexto majoritário é de tendência de alta desde que o suporte em 116.300 pontos não seja rompido”, alertam.

O analista Gilberto Coelho, da XP Investimentos, também observa este momento de risco para a realização de curto prazo. “Abaixo dos 119.700 podem ser testados suportes em 115.700 ou 111.500. A tendência de alta seria retomada com a superação dos 123.010 projetando de 127.700 a 132.300”, ressalta.

Quebra convincente

Maurício A. Camargo, da Ágora Investimentos, lembra que o Ibovespa encerrou a última semana deixando desenho de topo no seu gráfico diário.

Na confirmação da perda do suporte aos 120.700, abrirá caminho para uma correção de maior  intensidade ao longo dos próximos dias, incialmente até a linha dos 118.200, mas o objetivo final pode ser na região dos 110.500 pontos”, pontua.

Segundo ele, contudo, do lado superior, o índice anularia esta formação com a quebra convincente da resistência que ficou marcada aos 122 mil pontos.

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