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Ibovespa fecha em alta com melhora externa

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,19%

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Site oficial B3)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quinta-feira, endossado pelo desempenho de Wall Street e puxado particularmente pelo avanço das ações do setor financeiro, com os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) terminando o dia em alta de cerca de 3%.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,23%, a 115.730,76 pontos. Na máxima do pregão, chegou a 115.953,65 pontos. Na mínima, a 114.180,49 pontos. O volume financeiro somou 20,6 bilhões de reais

Nos Estados Unidos, dados econômicos ocuparam as atenções, em meio à preocupação com a chance de os juros ficarem mais altos por mais tempo no país, enquanto o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, não comentou sobre política monetária em declaração no final do dia.

O S&P 500 encerrou em alta de 0,59%, em sessão marcada por uma pausa no avanço dos rendimentos dos Treasuries. No mês, o índice cai 4,6%.

Agentes financeiros também acompanhavam as negociações em torno do financiamento do governo norte-americano a partir de outubro.

Conforme o responsável pela mesa de ações do BTG Pactual, Jerson Zanlorenzi, o mercado brasileiro acompanhou a recuperação em praças acionárias no exterior.

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Índice de referência do mercado de ações brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 1,42% (Imagem: Reprodução/Site Oficial B3)
“Caso consiga, o índice encontrará resistências em 117.000 e 119.800 pontos” (Imagem: Reprodução/Site Oficial B3)

Ele ressaltou que desde meados de agosto a bolsa paulista tem sofrido com a saída de ativos de risco globalmente, com o aumento da curva de juros nos EUA afetando a curva de DI no Brasil e reverberando nas ações locais.

“Acho que hoje o mercado respirou um pouco lá fora e a gente seguiu essa linha”, afirmou.

Zanlorenzi também apontou que, apesar da aversão ao risco externa, há alguma resiliência no mercado de commodities, o que ajuda o Ibovespa, por causa do efeito em papéis como Vale e Petrobras, que acumulam uma alta no mês.

Na cena local, ele afirmou que receios com o quadro fiscal têm mantido o mercado “um pouco mais em compasso de espera”, mas destacou positivamente o encontro na véspera entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Ainda na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a conversa entre Lula e Campos Neto, no início da noite, foi de “alto nível” e “transcorreu bem”, mas não foram discutidos tópicos específicos, como os juros.

Nesta quinta-feira, Campos Neto evitou fazer comentários sobre a reunião com Lula, se limitando a dizer que concorda integralmente com as declarações feitas sobre o encontro pelo ministro da Fazenda.

Análise técnica do Itaú BBA destacou que o Ibovespa conseguiu fechar na quarta-feira um pouco acima dos 114.000 pontos, último suporte antes de atingir a sua média móvel (MM) de 200 períodos.

“Se o Ibovespa perder essa região, retomará a trajetória de baixa e encontrará próximos suportes em 111.600 e 108.100 pontos”, afirmaram os analistas, acrescentando que, do lado da alta, será importante o índice superar os 116.000 pontos.

“Caso consiga, o índice encontrará resistências em 117.000 e 119.800 pontos”, escreveram os analistas em relatório a clientes.

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 2,64%, a 27,25 reais e Bradesco (BBDC4) valorizaram-se 2,37%, a 14,25 reais, em dia de fortes ganhos no setor, com Banco do Brasil (BBAS3) fechando em alta de 3,21% e BTG Pactual (BPAC11) subindo 2,78%.

No radar, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta quinta-feira o projeto de lei que institui o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas.

O projeto também estabelece limites para as taxas de juros e encargos financeiros cobrados no crédito rotativo dos cartões.

Vale (VALE3) subiu 1,52%, a 66,70 reais, conforme os futuros do minério de ferro também tiveram uma sessão positiva nesta quinta-feira, ajudados por dados de uma maior produção de metais quentes, mesmo com os investidores preferindo adotar uma postura cautelosa antes do feriado que se inicia em 29 de setembro na China.

A Vale também assinou com a Petrobras nesta quinta-feira um protocolo de intenções, com duração de dois anos, para avaliar em conjunto o desenvolvimento de soluções de baixo carbono, como combustíveis renováveis.

Petrobras (PETR4) recuou 0,20%, a 34,45 reais em dia de queda dos preços do petróleo no exterior.

O Brent terminou a sessão em baixa de 1,2%. Também no radar esteve a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na quarta-feira, defendendo que a Petrobras possa negociar e readquirir refinarias de petróleo privatizadas, dentro das regras de mercado.

Ainda, a companhia assinou com a Vale um protocolo de intenções para avaliar o desenvolvimento de soluções de baixo carbono, como combustíveis renováveis.

Natura&cc (NTCO3) perdeu 2,87%, a 14,89 reais, descolando do viés mais positivo em papéis atrelados a consumo, em meio ao alívio na curva de futura de juros doméstica. O índice do setor de consumo fechou em alta de 1,5%.

Arezzo (AREZ3) subiu 4,21%, a 63,59 reais, em dia de recuperação do setor de varejo de vestuário, com Lojas Renner (LREN3) terminando o dia em alta de 4,03%, a 13,42 reais, e Grupo Soma (SOMA3) avançando 3,62%, a 6,58 reais.

O segmento tem sofrido recentemente com preocupações sobre a concorrência de pares globais e eventuais mudanças tributárias.

CCR (CCRO3) subiu 2,64%, a 12,81 reais, tendo no radar evento da companhia com analistas e investidores no qual executivos afirmaram que o foco está no rigor de gestão de capital.

A empresa, maior gestora de concessões de infraestrutura de transporte do país, também disse que não vai participar do leilão do segundo lote de rodovias do Paraná, marcado para sexta-feira.

O Bradesco BBI reiterou recomendação “outperform” para os papéis após o evento e elevou o preço-alvo de 17 reais para 18 reais.

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