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Ibovespa fecha em queda e mantém sinal negativo em agosto após rali no 2º tri

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,67%, a 118.297,94 pontos

por Reuters
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Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quarta-feira, em que CVC Brasil (CVCB3) capitaneou as perdas com um tombo de cerca de 8% após resultado trimestral fraco, em mais uma sessão marcada pela repercussão de uma bateria de balanços.

A piora do desempenho das ações da Vale, fechando em baixa de quase 1%, consolidou a sétima sessão consecutiva de queda do Ibovespa, na maior série de perdas desde junho de 2022, quando caiu em oito sessões até o dia 14.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,57%, a 118.408,77 pontos. No mês, que não registrou nenhum fechamento positivo, já recua quase 3%.

A correção ocorre após alta de 15,9% no segundo trimestre e acompanha também a saída de capital externo da bolsa no mês, com as vendas de estrangeiros superando as compras em 4,5 bilhões de reais até o dia 7, sem considerar o fluxo para ofertas de ações.

O volume financeiro da sessão somou 23,3 bilhões de reais.

De acordo com o gestor de ações da Ace Capital Tiago Cunha, a bolsa perdeu impulso nas horas finais do pregão, sem nenhuma notícia que justificasse o movimento de maneira isolada.

Ele chamou a atenção para a abertura da curva longa de juros, que pressiona os setores mais dependentes das condições financeiras, tais como varejistas e construtoras, enquanto a falta de sinalização por parte da China sobre novas medidas de estímulo enfraqueceu papéis atrelados a commodities.

Da safra de balanços, também ocuparam as atenções os números trimestrais de BTG Pactual, Braskem, CVC Brasil, Totvs, Gerdau, entre muitos outros. Após o fechamento, o calendário prevê divulgação de resultados por empresas como Banco do Brasil, Ultrapar, Cogna, Hapvida.

Em Wall Street, os principais índices fecharam em queda, corroborando o resultado negativo no pregão brasileiro, em meio à cautela antes de dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos na quinta-feira. O S&P 500 caiu 0,70%.

Análise técnica do Itaú BBA aponta que o Ibovespa ainda está em momento de realização de lucros, mas que encontra suportes em 117.400, 116.300 e 115.700 pontos, que sustentam o índice em tendência de alta, conforme relatório a clientes.

Estrategistas do Bank of America também avaliaram que ainda há espaço para o Ibovespa subir, mesmo após o rali do último trimestre, e reiteraram “overweight” para as ações brasileiras em seu portfólio para América Latina.

Destaques

CVC Brasil (CVCB3) caiu 7,99%, a 2,65 reais, após divulgar na noite da véspera prejuízo líquido de 167 milhões de reais, alta de 76,1% em relação à perda apurada um ano antes, pressionado por despesas financeiras, além de piora também no desempenho operacional medido pelo Ebitda e receitas praticamente estáveis.

Nem declarações do novo comando da operadora de turismo sobre priorizar aumento de “take rate” e sinalização de melhora no mês passado atenuaram as vendas dos papéis.

Vale (VALE3) recuou 0,9%, a 66,85 reais, ampliando as perdas na segunda parte da sessão após flertar com o terreno positivo. Na Ásia, o contrato de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange, da China, encerrou com alta de 0,1%, a 723 iuanes (100,32 dólares) por tonelada. Em Cingapura, o contrato mais ativo valorizou-se 1,1%, para 101,40 dólares por tonelada.

Engie Brasil (EGIE3) fechou em baixa de 4,42%, a 41,35 reais, na esteira do resultado de abril a junho, com lucro líquido de 733 milhões de reais, enquanto o Ebitda somou 1,71 bilhão de reais. A companhia também aprovou dividendos intercalares de 767,2 milhões de reais.

O diretor financeiro da companhia, Eduardo Takamori, disse que a elétrica tomou uma decisão conservadora de reduzir a distribuição de dividendos para manter o balanço robusto e poder aproveitar oportunidades que apareçam no curto prazo.

Gerdau (GGBR4) perdeu 4,04%, a 25,86 reais, após divulgar na véspera uma queda de 50% no lucro do segundo trimestre, em desempenho afetado pela base de comparação e contração da demanda.

A empresa anunciou ainda pagamento de dividendos de 752,1 milhões de reais, bem como divulgou nesta quarta-feira que passou a deter 476 milhões de toneladas de reservas de minério de ferro em Minas Gerais, após estudos da certificadora independente SRK Consulting.

Também afirmou que espera resultado adicional de até 235 milhões de dólares por ano com um novo projeto de mineração.

Copel (CPLE5) avançou 0,46%, a 8,68 reais, após movimentar 5,2 bilhões de reais em oferta de ações que culminou na privatização da companhia elétrica paranaense. A operação foi precificada na véspera a 8,25 reais por papel ordinário. O “follow-on” diluiu a participação do Estado do Paraná no capital da companhia a 15,6%, ante 31% antes da oferta.

Petrobras (PETR4) subiu 0,79%, a 30,46 reais, conforme os preços do petróleo avançaram no exterior.

Prio (PRIO3) fechou com elevação de 0,54%, mas 3R PEetroleum (RRRP3) perdeu o fôlego da primeira etapa do pregão e encerrou em baixa de 0,32%, em meio à análise do balanço do segundo trimestre.

VIA (VIIA3) valorizou-se 3,28%, a 1,89 real, em sessão de ajustes, após cair em cinco dos últimos seis pregões, acumulando no período uma queda de mais de 15%.

A companhia divulga seu resultado trimestral na quinta-feira, após o fechamento do mercado.

No setor, Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 0,67%, no sexto pregão consecutivo no vermelho.

Totvs (TOTS3) recuou 4%, a 28,29 reais, tendo no radar queda de 19,5% no lucro líquido do segundo trimestre ano a ano, para 103,9 milhões de reais, enquanto o Ebitda ajustado aumentou 11,7%, mas com declínio em margem.

As receitas cresceram 16,7%, mas as despesas operacionais subiram 27,3%. A companhia também estimou custos e despesas operacionais da Techfin de 24 milhões a 30 milhões de reais no terceiro trimestre.

Braskem (BRKM5) perdeu 1,93%, a 23,99 reais, na esteira de um prejuízo líquido de 771 milhões de reais no segundo trimestre, uma redução ante o resultado negativo de 1,4 bilhão registrado no mesmo período do ano passado, mas com a empresa seguindo pressionada por demanda reduzida. Executivos da companhia afirmaram ver um cenário pior do que o esperado para a indústria petroquímica global no segundo semestre.

BTG Pactual (BPAC11) fechou em baixa de 0,24%, a 32,92 reais, após sessão volátil, marcada pela divulgação de lucro líquido recorde para o segundo trimestre, de 2,58 bilhões de reais, alta de 18% ano a ano, assim como aumento do retorno sobre o patrimônio líquido e avanço nas receitas. Entre os outros bancos do Ibovespa, Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,36% e Bradesco (BBDC4) recuou 0,52%.

Banco do Brasil (BBAS3), que publica resultado após o fechamento, terminou com um declínio de 0,55%.

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