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Ibovespa fecha quase estável com acomodação após Fed, mas tem pior semana desde março

o Ibovespa fechou com variação negativa de 0,14%, a 115.984,94 pontos, segundo dados preliminares

por Reuters
3 min leitura
B3 Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) fechou perto da estabilidade nesta sexta-feira, em movimento de certa acomodação do índice após queda de mais de 2% na véspera em razão de perspectivas mais duras para a taxa de juros nos Estados Unidos, o levou o índice a registrar sua pior semana desde março.

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Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) foram as maiores alavancas ao índice, enquanto B3 (B3SA3) e Weg (WEGE3) pesaram negativamente.

Índice acionário de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa fechou com variação negativa de 0,12%, a 116.008,64 pontos. O volume financeiro da sessão somou 17,8 bilhões de reais.

Na semana, o índice teve queda de 2,32%, a maior desde a semana encerrada em 24 de março.

A sexta-feira mais morna no mercado veio após o Ibovespa acompanhar uma aversão ao risco global na quinta-feira, um dia após o Federal Reserve sinalizar uma política monetária restritiva por mais tempo nos EUA, enquanto, no Brasil, o Banco Central esfriou expectativas mais otimistas de uma eventual aceleração no ritmo de cortes da Selic à frente.

“Ao ter esse movimento grande para baixo em um dia, a tendência é no dia seguinte mostrar alguma acomodação”, disse o economista-chefe do Banco ABC, Daniel Xavier. “Em ambos os casos foram desfechos mais ‘hawkish’, mais conservadores, disse Xavier.

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Em Wall Street, os três principais índices acionários fecharam levemente no vermelho nesta sexta-feira, sendo que o S&P 500 caiu 0,23%, também tendo registrado a pior semana desde março.

Investidores ainda seguiam atentos à cena fiscal brasileira, diante de incertezas sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de déficit zero em 2024.

“O mercado ainda não compra totalmente a trajetória fiscal do país tanto para 2023 quanto para frente. Acho que isso pesa”, disse Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Destaques

Vale (VALE3) subiu 0,74%, a 68 reais. Os contratos futuros do minério de ferro subiram nesta sexta-feira, apoiados por políticas de apoio da China à economia e depois que a Rio Tinto interrompeu os trabalhos em uma mina de Pilbara após um incidente.

Em Cingapura, o contrato de referência da commodity voltou a ultrapassar o nível de 120 dólares por tonelada.

Petrobras (PETR4) avançou 0,8%, a 34,03 reais. No exterior, os preços do petróleo fecharam praticamente estáveis, após alta mais cedo.

Itaú Unibanco (ITUB4) teve variação negativa de 0,26%, a 26,92 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) caiu 0,77%, a 14,15 reais. Ainda no setor financeiro,

B3 (B3SA3) cedeu 1,3%, a 12,33 reais.

IRB (IRBR3) teve alta de 1,96%, a 40,49 reais. A empresa de resseguros divulgou na noite de quinta-feira um lucro líquido de 22,3 milhões de reais referente a julho, em comparação com prejuízo de 58,9 milhões de reais no mesmo mês do ano passado. Na máxima mais cedo, a ação subiu a 42,99 reais.

Casas Bahia (BHIA3) cedeu 8,11%, a 0,68 real, acumulando recuo de 38,8% no mês na sequência de perda de 41,2% em agosto.

Magazine Luiza (MGLU3) cedeu 4,68%, a 2,24 reais. No varejo alimentar, Carrefour Brasil (CRFB3) avançou 2,81%, a 9,15 reais, após seis pregões de queda.

Braskem (BRKM5) recuou 3,29%, a 20,59 reais, tendo renovado mínima intradia desde o começo de maio a 20,4 reais.

Os papéis seguem pressionados pelas incertezas envolvendo uma esperada venda da participação da Novonor na petroquímica.

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