O Índice Bovespa (IBOV) opera em queda expressiva nesta quinta-feira, 12, com perdas generalizadas entre os segmentos negociados na bolsa.
A queda ocorre depois de três pregões consecutivos de altas, que levaram o acumulado de dezembro a registrar ganhos superiores a 3%.
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Segundo Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, a queda da bolsa hoje reflete basicamente dois fatores.
Um deles é uma correção a uma alta forte e prematura ontem, quando o mercado reagiu à notícia de um segundo procedimento cirúrgico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antevendo mudanças na política, caso o presidente tivesse de se afastar do cargo por tempo prolongado.
O outro fator, afirma, é a aceleração do ritmo de alta da taxa Selic promovido ontem pelo Copom, elevando a taxa Selic em 1 ponto porcentual, para 12,25% ao ano.
“É por isso que vemos quedas mais fortes nos segmentos de varejo e imobiliário, mais sensíveis à alta de juros, que afeta os financiamentos e o consumo das famílias”, afirma.
Para Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3 Investimentos, o Banco Central mostrou que não vai ser leniente com a inflação, o que é positivo e deve favorecer também o ingresso de recursos ao País.
“Mas na economia real isso é muito ruim. As empresas já tiveram um 2024 desafiador, inclusive com casos de recuperação judicial no setor do agronegócios. O aperto monetário maior mostra que 2025 será ainda mais desafiador para as empresas”, disse.
Às 12h36, o Ibovespa tinha 126.900 pontos, em queda de 2,08%.