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Ibovespa recua de olho em dados de emprego dos EUA

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: sergeitokmakov/ pixabay)

O Ibovespa (IBOV) recuava nesta sexta-feira, após dados de emprego dos Estados Unidos mostrarem um mercado de trabalho ainda resiliente na maior economia do mundo, reforçando as preocupações de que o Federal Reserve mantenha juros em níveis restritivos por um período prolongado.

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Às 10:38, o Ibovespa caía 0,84 %, a 112.332,54 pontos, acumulando até o momento queda de 3,6% na semana. Na mínima, chegou a 112.096,33 pontos, menor patamar intradia desde 5 de junho. O volume financeiro somava 2,46 bilhões de reais.

De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, no mês passado foram criadas 336 mil vagas, acelerando em relação a agosto, que teve o dado revisado para cima, e superando amplamente as expectativas. A taxa de desemprego ficou em 3,8%, enquanto o rendimento médio por hora no setor privado subiu 0,2%.

Na visão do economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, a aceleração nas contratações nessa magnitude eleva ainda mais os retornos dos Treasuries e as apostas em uma alta de juros pelo Federal Reserve na próxima reunião, que começa em 31 de outubro e terá decisão anunciada em 1 de novembro.

“Os efeitos desses movimentos tendem a não ser nada triviais”, destacou. “O temor é de que juros altos por tempo indeterminado na principal economia do planeta vão gerar impactos para todos os lados e não sabemos ainda mapear com precisão onde estão as maiores fragilidades”, acrescentou.

Em Wall Street, o S&P 500 <.SPX> mostrava declínio de cerca de 0,5% na abertura, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano avançavam, com o Treasury de 10 ano marcando 4,8472%, de 4,716% na véspera.

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“Os mercados estão apresentando reação negativa essa manhã após os dados do ‘payroll’ virem mais fortes que o esperado”, acrescentou o analista de ações do BTG Pactual Bruno Lima, ressaltando que o mercado elevou a chance de aumento dos juros pelo Fed na próxima reunião.

“As curvas de juros lá fora e no Brasil estão ‘abrindo’ e o VIX, índice que mede a volatilidade do mercado, apresenta nova alta, o que se reflete em uma nova correção no mercado de ações”, acrescentou.

Destaques

Magazine Luiza (MGLU3) perdia 6,63%, a 1,69 real, com papéis sensíveis a juros pressionados pela alta nas taxas dos contratos de DI, que seguia o movimento dos Treasuries. O índice do setor de consumo cedia 1,95%.

MRV (MRVE3) caía 4,84%, a 8,65 reais, com papéis de construtoras também sofrendo com o avanço na curva de juros local. O índice do setor imobiliário recuava 2,11%.

Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 0,69%, a 27,45 reais, e Bradesco (BBDC4) caía 2,15%, a 14,13 reais, também afetados pelo viés mais vendedor na bolsa diante dos receios sobre os juros nos EUA. Na contramão, Banco do Brasil (BBAS3) ganhava 1,53%, a 47,66 reais, e Santander (SANB11) ( subia 0,97%, a 26,94 reais

Vale (VALE3) tinha acréscimo de 0,74%, a 66,39 reais, resistindo à aversão a risco generalizada por causa dos dados dos EUA, enquanto segue sem o referencial dos preços do minério de ferro na China em razão de feriado no país asiático.

Petrobras (PETR4) recuava 0,15%, a 32,68 reais, na contramão do movimento dos preços do petróleo no mercado externo, com o barril de Brent registrando variação positiva de 0,82%, a 84,76 dólares.

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