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Ibovespa tem leve queda, enquanto Usiminas cai após derreter 23,5%

De acordo com analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa marcou mínima da semana passada próximo ao suporte dos 125.400 pontos

por Reuters
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Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) recuava nesta segunda-feira, refletindo alguma cautela na abertura de uma semana marcada por decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil, enquanto a temporada de balanços de empresas da B3 ganha fôlego, com nomes como WEG, Gerdau, Ambev, CCR, Telefônica Brasil, TIM e outras.

Por volta de 11h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,48%, a 126.881,53 pontos. O recuo vem após uma alta de mais de 1% na última sexta-feira. O volume financeiro somava 4,5 bilhões de reais.

De acordo com analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa marcou mínima da semana passada próximo ao suporte dos 125.400 pontos, região alvo no processo de realização de lucros. No mês até esta segunda-feira, o índice mostra alta de mais de 2%.

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“Pensando em curto prazo, o forte fluxo comprador observado na sexta-feira pode fazer com que o bom humor volte para os mercados, com alvo na retomada da tendência de alta ficando para a região entre 130.000 e 131.700 pontos”, afirmaram.

“Caso os preços superem essa barreira, a alta poderá se estender até 134.400 pontos – máxima histórica. No lado da baixa, se o índice Bovespa negociar abaixo do patamar de 125.400 pontos, voltará para a realização de lucros, com objetivo de curto prazo nos 123.300 pontos.”

Nesta semana, o Federal Reserve e Banco Central brasileiro anunciam decisões de juros na quarta-feira, com expectativa de manutenção das respectivas taxas, o que deve direcionar o foco das atenções para os comunicados que acompanham o desfechos das reuniões que começam na terça-feira.

“As decisões sobre política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, na próxima quarta feira, deverão dominar o cenário econômico nesta semana”, reforçou o economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo.

No caso dos EUA, ele observa que a expectativa majoritária dos investidores é que, diante da ainda que lenta desaceleração da taxa de inflação neste trimestre, o chair do Fed poderá dar sinais mais concretos de que o início do processo de queda da taxa de juros poderá se dar na reunião de setembro.

Quanto ao comunicado do BC brasileiro, ele avalia que o comunicado que se segue à reunião deverá indicar que aumentou a probabilidade de que a meta para a inflação em 2025 poderá não ser atingida, o que significa que o risco de aumento da taxa de juros aumentou no horizonte relevante.

Destaques

Petrobras (PETR4) recuava 1,59%, com agentes financeiros ainda repercutindo entrevista com a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, publicada pela Reuters perto do fechamento da sexta-feira, informando que a companhia fez uma oferta não vinculante para comprar a operação e uma fatia do bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, na Namíbia. No exterior, o barril de petróleo Brent mostrava um decréscimo de 0,43%.

Vale (VALE3) cedia 0,21%, em dia de desempenho misto dos futuros do minério de ferro, com o contrato mais negociado em Dalian, na China, encerrando praticamente estável, mas o vencimento de referência em Cingapura recuando.

 Usiminas (USIM5) perdia 5,37%, ampliando as perdas da última sessão, quando despencou 23,55% após o resultado trimestral e sinalizações sobre o desempenho à frente que desencadearam preocupações de investidores sobre pressão de custos. O Citi cortou o preço-alvo das ações de 8,75 para 7 reais e manteve a recomendação “neutra” para os papéis. Ainda assim os analistas afirmaram esperar melhora no resultado do segundo semestre com base em preços mais elevados de aço.

GPA (PCAR3) caía 2,45%, ampliando a correção negativa desde meados do mês em dia negativo no setor, enquanto também permanecem dúvidas sobre o destino da fatia do francês Casino na rede de varejo alimentar brasileira.

No setor, Carrefour Brasil (CRFB3) perdia 2,07% e Assaí (ASAI3) era negociada em baixa de 2,54%.

3R Petroleum (RRRP3) avançava 2,73%, experimentando um alívio após quatro quedas seguidas, período em que acumulou declínio de 5,59%, enquanto agentes financeiros aguardam o balanço previsto para a terça-feira. A companhia finaliza nesta semana a incorporação da Enauta, com a B3 já tendo enviado comunicado sobre ajustes nos índices de ações a partir de quinta-feira em razão do evento. Ainda no setor, Prio (PRIO3) 0,17% e PetroReconcavo (RECV3) 1,76%.

Klabin (KLBN11) valorizava-se 0,9%, tendo no radar a divulgação do balanço do segundo trimestre na terça-feira. Em relatório, analistas da Genial Investimentos elevaram a recomendação dos papéis para “compra”, com manutenção do preço-alvo em 27 reais, citando entre os argumentos expectativa de bons resultados, tanto para o trimestre quanto para o segundo semestre do ano. No setor, Suzano (SUZB3) cedia 0,08%.

Isa Cteep (TRPL4) subia 0,32%, após a transmissora de energia divulgar que obteve licenças ambientais para avançar com o projeto Piraquê, que aumentará a capacidade de escoamento da energia renovável na região norte de Minas Gerais. A companhia também reporta balanço nesta semana, na quinta-feira.

Itaú Unibanco (ITUB4) tinha elevação de 0,32%, enquanto Bradesco (BBDC4) PN cedia 0,64%.

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